domingo, 20 de janeiro de 2008

MISSIOLOGIA


MISSIOLOGIA
LIÇÃO 3
ÍNDICE
CAPÍTULO I : HISTÓRIA DAS MISSÕES
CAPÍTULO II : BASES BÍBLICAS DE MISSÕES
CAPÍTULO III : ONDE FAZER MISSÕES
CAPÍTULO VI : MISSÕES TRANSCULTURAIS
CAPÍTULO V : ESTRATÉGIAS MISSIONÁRIAS
SEMINÁRIO TEOLÓGICO MORIAH
BACHAREL EM TEOLOGIA
ALUNO; ROBERTO XAVIER GADRET JUNIOR
Rio de Janeiro - RJ
Copyright © 1998. Todos os direitos reservados.
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CAPÍTULO I
HISTÓRIA DAS MISSÕES
Textos bíblicos: Mt 28.18-20; Mc 16.15-18; At 1.8
A palavra “Missão” vem do latim “mito”, a qual significa “enviar”. No Novo Testamento a palavra grega é “apostello”, que significa a mesma coisa. Por muitos séculos na Igreja Cristã a palavra “missão” foi um conceito usado em conexão com a doutrina da Trindade, como referência ao envio do Filho do Pai, e do Espírito Santo pelo Pai e Filho. Foi somente desde o século XVI que o conceito “Missão” começou a receber sua conotação da igreja sendo enviada ao mundo.
a. Definição de Missões:
Sem dúvidas nasceram no coração de Deus, em Jo 3.16 diz que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único filho para que todo aquele que nele crê...Podemos ver aí a preocupação de Deus com a salvação do Homem. A visão de Deus não foi somente para “uns”, mas para todos. “Missões” é a obra de Deus à igreja que seguindo o exemplo de Cristo, proclama por palavras e ações o reino de Deus chamando todos ao arrependimento e fé em Cristo, enviando a serem discípulos dele.
b. Períodos Missionários
Dentro da história das missões são seis os períodos missionários.
1. Missões Primitivas - desde a morte do apóstolo João a Constantino, 100 a 313 d.C.
2. Missões na Europa - de Constantino a Carlos Magno, 313 a 800 d.C.
3. Missões na Idade Média - de Carlos Magno a Lutero, 800 a 1517 d.C.
4. Missões na Reforma - de Lutero aos missionários HALLE, 1517 a 1650 d.C.
5. Períodos das Sociedades Missionárias Primitivas - desde os missionários HALLE a Willian Carey, 1650 a 1792 d.C.
6. Missões Modernas - desde Willian Carey até nossos dias.

CAPÍTULO II
BASES BÍBLICAS DE MISSÕES
a. Responsabilidades da Igreja para com a Obra Missionária
1. Os obreiros são chamados para a obra missionária. Em Mateus 10. 1, Jesus chamou doze homens para serem treinados para levarem a mensagem salvadora. Observamos que todos eram ocupados, isto é, eram homens de trabalho, lamentavelmente hoje existem muitos se escorando no ministério, procurando fazer dele um emprego e nada mais.
2. A igreja deve se preocupar em preparar os obreiros para a obra missionária (2 Tm 2. 15). Muitos projetos missionários de algumas igrejas tem falhado por causa da falta de preparo dos missionários; isto tem sido uma constante em nossos dias.
3. A Igreja deve testar os candidatos à missões (Lc 10. 1-24). Nesta passagem, encontramos Jesus testando setenta de seus novos discípulos, era o teste para saber se realmente estavam aptos para se tornarem apóstolos (missionários), segundo a Bíblia os resultados do teste foi positivo.
4. A igreja é quem tem autoridade para enviar missionários (At 13. 1-5). Este é um assunto que tem trazido muitas confusões e perturbações na obra missionária; existem muitos homens e mulheres saindo a revelia da igreja para o campo missionário; algumas agências em nosso país tem tomado a iniciativa de executar esta tarefa, é uma atitude louvável, porém discordamos desse método, pois quem envia tem que sustentar, e a maioria das agências para sustentar esses missionários enviados por elas precisam estar mandando constantemente carnes para uma infinidade de voluntários para angariar
sustento. Mas isto só acontece por que muitas igrejas também recusam enviar candidatos ao campo missionário.
5. O Livro de Atos dos Apóstolos e as Missões. Neste livro encontramos a evidência e a ação da igreja na obra missionária e na evangelização. No capítulo dois, versículos 9 a 11, quando do derramamento do espírito Santo, pelo menos 15 povos são citados no texto em pauta, sendo que a maioria deles eram judeus. A igreja é sem dúvida a detentora de autoridade para separar e enviar obreiros (At 13. 1-4).
b. Seis Razões Bíblicas Para A Igreja Enviar Missionários
Segundo o Pr. Antônio Gilberto, existem seis razões para igreja enviar missionários; faremos uma análise em cada uma delas:
1. É uma ordem explícita de Jesus (Mc 16. 15; Pv 24. 11; Jd 23).
2. O pecador está perdido (Lc 19. 10).
3. Somos o único povo de que Deus dispõe para a salvação dos pecadores (Ez 33. 7-8).
4. Somente a igreja tem o mandato do Senhor para evangelizar (Jo 20. 21; Lc 4.18-19).
5. A ocasião para evangelizar é “enquanto é dia” (Jo 9.4).
6. O tríplice clamor missionário:
a) O clamor do céu: “Quem há de ir por nós”. (Is 6. 6,8)
b) O clamor da terra: “Passa a Macedônia e ajuda-nos”.
(At 16. 9)
c) O clamor dos perdidos: “Rogo-te pois, ó pai que”.
(Lc 16.27,28)

CAPÍTULO III
ONDE FAZER MISSÕES
Jesus explicando a parábola do joio e do trigo, explicou que o campo é o mundo (Mt 13. 38). Dentro da visão missionária de Jesus, a salvação destina-se a todas as gentes (Mt 28. 19). Dentro desta visão passaremos a estudar onde devemos fazer
missões. Segundo Atos 1.8, missões tem quatro alvos a serem alcançados:
1. Onde é Jerusalém?
É o trabalho missionário que deve ser realizado em nossos lares, vizinhança, colégios, faculdades, emprego, etc. Muitos querem pregar o evangelho, ou realizar missões no estrangeiro, quando ao seu redor existem milhares de perdidos para serem
evangelizados.
2. Onde é a Judéia?
É o trabalho missionário que deve ser realizado nas vilas, e bairros próximos, aí estão incluídas aldeias, muitos ignoram este campo missionário, só pensam em evangelizar os grande centros e cidades. “E percorria Jesus todas as cidades e
aldeias...” (Mt 9.33a). Existem milhares de grandes peixes neste local.
3. Onde é Samaria?
É o trabalho missionário que deve ser realizado em cidades mais distantes do interior do país. (Mt 9. 35).
4. Onde é o “Confins da terra”?
É o trabalho missionário que deve ser realizado em todo o mundo, isto é, “missões estrangeiras”. Segundo o livro de Atos dos Apóstolos, a sede de missões estrangeiras estava em Antioquia (da Síria). O mesmo livro de Atos que estabelece os
lugares onde deve ser pregado o evangelho, também nos dá um panorama geral da expansão da proclamação através do trabalho missionário. Havia um crescimento quantitativo: Almas “acrescidas” (At 2.41, 42, 47). O número de discípulos continuava a se multiplicar (At 6. 1,7; 9.31). O crescimento quantitativo era evidente por causa do crescimento espiritual, comunhão, compartilhamento, adoração e testemunho de crentes (At 2.41, 47). Os apóstolos e alguns outros ouviram a ordem do Senhor como relata Mateus 28. 18-20. Certamente
eles não puderam esquecer aquelas palavras e o registro da extensão do crescimento da igreja. Hoje parece que as coisas andam um pouco diferente, existem vários obreiros que estão proclamando crescimento em suas igrejas com crentes procedentes de outras igrejas, ou seja, crentes transferidos, devo esclarecer que isto segundo a Bíblia não é crescimento, e sim, inchação. O verdadeiro crescimento é aquele onde as pessoas são evangelizadas e aceitam Jesus como Salvador e são batizadas em águas, se tornando membros do corpo de Cristo.
Por que Devemos Sair a estes Lugares para Fazer Missões?
Sobre a pergunta acima apresentamos apenas três grandes argumentos:
1. No reino de Deus não há lugar para ociosos
Crentes que nada fazem, não são dignos de serem chamados de cristãos, porque
Cristo, nosso supremo exemplo, foi um incansável ganhador de almas, ele disse: “Meu
Pai trabalha até agora, e Eu também” (Jo 5.17).
A parábola dos talentos serve de ilustração (Mt 25. 14, 30). Três eram os servos
que, de acordo com sua capacidade, receberam os bens de seu senhor para cuidar e
prosperar. A um deu o senhor, cinco talentos, a outro dois, a outro um; o resultado nós
já sabemos qual foi. O objetivo desta parábola é prevenir-nos contra a infidelidade e a
indiferença na obra de Deus.
2. O mundo só será salvo pela pregação do evangelho (Rm 10. 14-17)
Não haverá outra forma de libertação para o mundo; somente através da
pregação do evangelho, por homens e mulheres cheios do Espírito Santo. Segundo o
escritor Francis Shaefer, no ano dois mil, a população pagã no mundo aumentará para 5
bilhões; terríveis bilhões de pagãos; e como podemos constatar, este número já foi
alcançado. Enquanto isso, igrejas inteiras estão morrendo, porque são compostas de
cristãos nominais, isto é, crentes inativos que não anunciam o evangelho.
3. O nome do Senhor Jesus será glorificado, pela pregação do evangelho, diante de
todos os povos
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Foi este o exemplo da igreja primitiva. Em Atos 11.26, está escrito que em
Antioquia foram os discípulos pela primeira vez chamados de cristãos. É que aquela
igreja, entendeu que a razão de sua existência estava no nome de seu Senhor. A
verdadeira finalidade da evangelização é proclamar e glorificar a Cristo.
CAPÍTULO IV
MISSÕES TRANSCULTURAIS
1. O que significa cultura
Não podemos falar em missões transculturais, sem primeiro saber o que significa
cultura.
Cada povo, cada sociedade tem uma “herança social”, um patrimônio de
padrões de comportamento que é transmitido de geração a geração e, embora seja
parcialmente modificado quando as situações da vida exigem, tem uma tendência
impressionante forte para se manter estável...valores, técnicas, padrões simbólicos e
regulativos de comportamento social constituem, então, o que é o acervo de uma
cultura.
2. Deus é o criador da diversidade humana
Deus é o criador da diversidade humana, e seu plano de redenção permite que os
diferentes grupos étnicos o sirvam em sua própria identidade cultural.
Muitos dos conflitos entre países e entre habitantes de um mesmo país resultam de
diferenças raciais, lingüísticas e culturais. As vezes procuram eliminar essas diferenças ao
bem da unidade nacional. As vezes líderes religiosos procuram diminuir essas diferenças
em nome da unidade cristã. Devemos recordar, porém, de que foi Deus quem deu
origem a diversidade humana. Deus ordenou Noé, multiplicar e encher a terra (Gn 9. 1).
Posteriormente, os descendentes de Noé, desobedeceram a Deus e resolveram
edificar uma torre (Gn 11.4). Com o fim de trazê-los de volta para seu divino propósito,
Deus realizou um milagre, confundiu a língua, de modo que não compreenderam uns aos
outros.
2.1 Que é um grupo étnico?
Os serem humanos fazem parte de grupos culturais. Estes agrupamentos existem
desde a confusão das línguas na torre de babel. Desde os tempos bíblicos, até aos dias da
história moderna, com muita freqüência os seres humanos têm sido considerados em
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termos dos grupos étnicos a que pertencem - sua tribo ou casta. Na história moderna, o
surgimento do nacionalismo e da crescente urbanização tem obscurecido as diferenças
entre esses distintos grupos. Entretanto, essas diferenças ainda persistem e podem
constituir grande barreira ou boa oportunidade para a difusão do evangelho.
Não se pode usar nenhum fator comum que identifique tais grupos, pois são
mitos - raça, língua, crença religiosa, sistemas de valores, condição étnica, classe social e
muitos mais. De modo que temos que definir tais grupos em termos mais gerais:
GRUPO ÉTNICO é um grupo sociológico significativamente grande de pessoas
conscientes de partilharem um vínculo comum. Esses grupos aparecem na Bíblia da
seguinte maneira:
Antigo Testamento Novo Testamento
edomitas, moabitas partos, habitantes da Mesopotâmia
cananeus, filisteus habitantes da Judéia, habitantes da
Capadócia
amorreus, heveus,
anaceus, refaiutas residentes do Porto
heteus, fariseus panfilianos, egípcios
jebuseus, amalequitas líbios, romanos
arameus, queretitas, etc cretenses, árabes, etc
2.2 A grande comissão, um enfoque etnocêntrico
A evangelização inter-cultural faz parte fundamental da natureza da igreja. Esta
verdade é demonstrada claramente pelas palavras de Jesus em Mt 28.19-20). Com
freqüência citadas como a grande comissão. Nossa habilidade para compreender o
mandado de Jesus depende de como vemos o mundo.
Aprendemos a ver o mundo como uma série de países, estados ou territórios. De
acordo com a ONU, são 223 as nações (estados ou países) com fronteiras políticas
determinadas pelo homem, que dividem as massas geográficas da terra. Aprendemos a
ver o mundo de acordo com essas fronteiras, mas essa não é a forma como Deus prefere
ver o mundo.
2.3 O plano de Jesus para alcançar todos os povos
Jesus cresceu numa parte remota do norte da Palestina e trabalhou apenas
durante três anos e meio. Contudo, seu propósito foi levar o evangelho do reino a todo o
mundo. Teve de preparar líderes para continuar seu ministério depois que ele ascendesse
ao céu. Ele não escolheu o tipo de líderes que nós teríamos escolhido, provavelmente,
teríamos selecionado alguns homens das redondezas de Jerusalém; talvez um ou dois
fariseus, um escriba, alguns membros do Sinédrio. É provável que tivéssemos escolhido
representantes do norte e do sul da Judéia; talvez um ou dois da Galiléia e um da região
de Jericó.
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O Senhor escolheu seus discípulos com base na disposição deles em tomar a sua
cruz e seguí-lo, e na condição étnica deles. Tinham ocupações diferentes, e suas riquezas
e prestígio na comunidade eram diferentes. Mas também tinham coisas em comum.
Desejavam seguir a Jesus, e todos, com exceção de um, eram judeus galileus de fala
aramaica. Falavam o meso dialeto (ver Mc 14.70), e compreendiam as normas de
conduta uns dos outros. Seu estilo de vida era comum a todos. Do ponto de vista
cultural, procediam do mesmo étnos, ou grupo étnico.
O enfoque de Jesus, não só na escolha de seus discípulos, mas também em seu
ministério monocultural, foi etnocêntrico. Dirigiu, de propósito seu ministério
principalmente aos judeus da Galiléia. Foi aí que Ele passou a maior parte do seu tempo
trabalhando. Quando ia a Judéia era com a fim de cumprir a lei judaica quanto a
assistência de festas em Jerusalém. Embora os evangelhos dêem muita atenção ao
ministério de Jesus na Judéia, o tempo que Ele passou aí foi curto em comparação com o
que passou na região do mar da Galiléia.
Quando Jesus enviou os discípulos para aprenderem a ministrar, deu-lhes
instruções no sentido de que não fossem aos gentios nem aos samaritanos, mas somente
às “ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 10. 5, 6).
A única vez que Jesus ministrou especificamente aos gentios foi durante os dias
que passou na Samaria. Veja Jo 4.1-43. O ministério que realizou aí foi uma lição
objetiva contra o forte preconceito que os judeus tinham para com os samaritanos.
2.4 Tipologia da evangelização
Nosso mundo, hoje, é muito mais complexo do que o mundo dos crentes da
igreja primitiva. Atualmente há mais países, mais línguas, mais grupos étnicos do que
quando a igreja primitiva foi tão eficaz na evangelização intercultural. Nessa época não
era preciso passaporte nem visto, e o grego era o idioma comum falado por muita gente.
Hoje, as distâncias entre as cidades são muito maiores, tanto geográfica quanto
culturalmente. Se desejamos ser evangelistas interculturais eficazes, devemos aprender
tudo quanto pudermos acerca das diferenças e de como superar as barreiras que estas
representam para uma comunicação eficaz do evangelho.
É de suma importância compreender o conceito da distância cultural o quanto
uma cultura é diferente da outra. Sabemos que é muito mais difícil para um crente que
fala espanhol e mora na cidade, evangelizar aldeias quíchuas nas montanhas, do que
evangelizar outros habitantes de fala espanhola que moram na cidade. Mas seria muito
mais difícil ainda esse evangelista alcançar, de forma eficaz os homens do campo do
Japão. Quanto maior for a distância, cultural, maior será a dificuldade de evangelizar
outros povos. Classificamos a evangelização de acordo com a distância cultural.
Evangelização E-0, é uma evangelização, sem nenhuma barreira cultural, sem
nenhuma distância cultural entre o evangelista e os que recebem sua mensagem. Esta se
dá quando um verdadeiro crente nascido de novo ganha para Cristo os cristãos nominais
(os que são crentes só no nome). Neste caso não existem barreiras idiomáticas, nem
religiosas, nem culturais de tipo algum. Evangelização E-0 é o ganhar outros membros
da igreja que ainda não aceitaram a Cristo como seu Salvador e Senhor.
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Evangelização E-1, é ganhar membros da própria cultura do evangelista, mas que
se ensonaram no mundo. É evangelizar pessoas da mesma sociedade e que não
pertencem a nenhuma igreja. Este tipo de evangelização acontece quando um crente
pentecostal leva ao Senhor alguém de sua própria sociedade que é católico romano. A
cultura é idêntica, mas a religião é diferente.
Evangelização E-2, é ganhar para Cristo pessoas que pertencem a culturas
diferentes, mas similares a do evangelista. As culturas desses povos não são exatamente
iguais a do evangelista, mas podem ser bastante aproximadas, até ao ponto de esses
grupos terem o mesmo idioma como língua materna. Um exemplo bíblico são os
samaritanos. A semelhança dos judeus, falavam o aramaico, mas havia profundos
preconceitos históricos e culturais entre esses dois grupos étnicos (ver Jo 4.9). Não se
comunicavam uns com os outros. De modo que, quando Felipe começou um avivamento
entre os samaritanos, realizou uma evangelização tipo E-2. Outro exemplo da
evangelização E-2, na Bíblia foi quando os judeus helenistas começaram a estabelecer
igrejas entre os gregos (ver At 19.20).
A evangelização E-2 é uma evangelização intercultural. Quanto a barreira
idiomática ou cultural, ou ambas, são suficientemente grandes que requeiram uma igreja
em meio ao povo evangelizado, temos uma evangelização intercultural.
Evangelização E-3, é ganhar as pessoas de uma cultura muito distante. Essa
distância não precisa ser necessariamente geográfica. É cultural. Neste caso não existe
semelhança cultural entre o evangelista e o povo que ele está tentando evangelizar. A
língua desse povo é muito diferente da que o evangelista fala, e ele precisa tirar tempo
para aprendê-la. Quando um brasileiro vai ganhar indonésio batk para Cristo, isso é
evangelização E-3. Quando um crente brasileiro vai à África evangelizar a tribo turkana,
está realizando a evangelização E-3. E o mesmo está fazendo o brasileiro que estabelece
uma igreja em meio aos imigrantes japoneses recém-chegados ao Brasil. O fator chave é
a distância cultural, não a distância geográfica.
Alguns consideram a evangelização E-3 desnecessária, mas, na realidade, é muito
importante. Alguns pensam que a evangelização de certa parte do mundo é de
responsabilidade única dos crentes dessa região. Os que assim pensam deduzem que,
uma vez que esses crentes se encontram culturalmente mais próximos desses povos, e é
possível até que entendam a sua língua, são os que vem evangelizar sua própria região.
Embora esses argumentos tenham certa validez, há três razões importantes para que
todos nós salientamos a responsabilidade pessoal quanto a outras partes do mundo.
a) Jesus mandou-nos levar o evangelho “até aos confins da terra” (At 1. 8). Visto que
estas foram as últimas instruções que Ele nos deu enquanto se encontrava na terra.
b) Entre alguns grupos étnicos, a evangelização E-2 pode ser menos eficaz que a E-3. Os
crentes locais, ao tentarem alcançar outras cidades de sua própria região podem
enfrentar enormes preconceitos culturais e raciais. Os crentes vizinhos de alguns países
muçulmanos no Oriente próximo, provavelmente, sejam os menos indicados para
evangelizar os muçulmanos dessa área por causa da animosidade e lutas que por séculos
têm existido aí contra os cristãos.
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c) Em algumas regiões, em comparação com o número de grupo étnicos não alcançados,
existem poucos cristãos. Assim, pois é bastante justo que os crentes de outras partes do
mundo partilhem a necessidade de divulgar o evangelho nessas regiões.
2.4 Um povo de cada vez
A fim de alcançar estes 80% do mundo não-cristão, é necessário que a igreja se
empenhe na evangelização intercultural, mas a tarefa parece tão grande que podemos
perguntar: “Um povo de cada vez!” mas isto significa que a boa evangelização
intercultural é bastante complexa. Reconhece que cada grupo étnico é singular. Admite
que tentar evangelizar todos os grupos étnicos com a mesma estratégia, os mesmos
métodos e mas mesmas formas, é como tentar caçar borboletas com um barco de pesca.
Atingir um povo de cada vez ajuda o evangelista intercultural a evitar alguns dos erros
mais comuns na obra de alcançar os povos e outras culturas.
CAPÍTULO V
ESTRATÉGIAS MISSIONÁRIAS
Estratégia é a “arte de aplicar os meios disponíveis ou explorar condições
favoráveis com vistas a objetivos específicos”.
Militares falando, é a “arte de planejar e executar movimentos e operações de
tropas”. ( Aurélio ) .
Estratégia não é o mesmo que tática. Enquanto a estratégia relaciona-se com o
plano geral de uma campanha e os princípios sobre os quais se baseia, a tática trata de
execução do plano nos seus detalhes, as diversas instrumentalidades, agências e métodos
, que parecem ser necessários para atingir o alvo que foi escolhido. As táticas devem ser
constante estudo daqueles que são responsáveis pela realização do empreendimento
missionário. Ë indispensável, mas totalmente diferente do estudo dos princípios sobre os
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quais estão edificadas as missões do mundo, a análise racional do empreendimento como
um todo.
Como Definir Estratégias Missionárias.
1. Planejar o que iremos realizar.
O Apóstolo Paulo tinha uma estratégia. Em At. 17.2, diz que ele, no sábado
entrou na sinagoga como era do seu costume. A estratégia de Paulo foi mudar-se para
uma cidade maior, visitar a sinagoga se houvesse uma, proclamar Jesus e, então deixar
que os acontecimentos tomassem o seu curso natural.
2. Uma estratégia é um método, plano, ou meio generalizado de descrever o que faremos
para alcançar nosso alvo ou resolver o nosso problema.
Não se preocupa com detalhes. O alvo final de Paulo era que Cristo fosse
pregado em todo mundo. Seus planos diários podiam diferir, mas pelo menos no começo
de suas viagens missionárias sua estratégia permaneceu a mesma.
No capítulo 10 do Evangelho de Mateus, vemos Jesus definindo uma estratégia
para evangelizar as ovelhas perdidas da casa de Israel. ( seus patrícios).
3. Explorar condições favoráveis com vista a objetivos específicos.
Qualquer estratégia missionária precisa ter um objetivo específico, por exemplo,
planejar e criar situações para evangelizar toda cidade, vila, estado etc. este é o objetivo
específico, por exemplo, planejar e criar situações para evangelizar toda cidade, vila,
estado etc. este é o objetivo a ser alcançado, porém deve haver a execução.
Porque Definir Estratégias Missionárias?
Como cristãos, uma estratégia nos força a procura conhecer a mente de Deus e a
vontade do Espírito Santo. O que deseja Deus? Como podemos conformar com o futuro
. A estratégia, como os planos e os alvos, é a nossa declaração de fé sobre o como
faremos para atingir esse futuro.
Segundo Ed Dayton e David Fraser, há muitos é diferentes métodos de
estratégias, porém focalizaremos quatro, segundo os autores acima:
1. Estratégia da Solução Padrão;
2. Estratégia Progressiva;
3. Estratégia do Impulso Inicial;
4. Estratégia da Solução Única.
1. Estratégia da Solução Padrão - Resulta num modo particular de fazer as coisas, depois
usa este mesmo método em qualquer situação. Um exemplo seria o método em
Literatura Mundial que procura colocar um exemplar de literatura Cristã nas mãos dos
membros de cada lar em cada cidade do mundo. Os membros desta Cruzada presumem
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que todos sabem ler e que qualquer um pode tomar uma decisão por Cristo se for
exposto ao tipo certo de literatura.
Outro exemplo é o Evangelismo em profundidade, que começou primeiro na
América Latina, é um exemplo da estratégia padronizada de âmbito nacional, que foi
usada em um grupo de diferentes países da América Latina. Foi finalmente adaptada para
a ( África como Vida Nova para to dos. O exemplo atual é a “Década da Colheita”.
2. Estratégia Progressiva - Parece primeiramente que não é uma estratégia. As pessoas
que adotam esta estratégia crêem que não é necessário planejar. Elas dão intenções
específicas sobre o futuro. Elas presumem que Deus vai orientar. As implicações desta
Estratégia que são planejamento de longo alcance não é muito importante porque é
tarefa divina. Esta estratégia também ignorar o fracasso porque é problema de Deus.
Muitas vezes, em tudo o que faz coloca a etiqueta “sucesso”. Também colide com o
consenso: se duas ou mais pessoas ou organizações, ambas estiverem usando a
Estratégia Progressiva, podem ficar uma no caminho da outra.
3. Estratégia do Impulso Inicial - Nesta estratégia, presume -se que precisamos
planejar o começo do trabalho e Deus fará o restante. esta estratégia não focaliza os
resultados, mas o início. Ela presume que “quando chegarmos lá”. Deus fará o restante.
Um exemplo poderia ser a agência que, depois de negociações com o governo local,
recebeu permissão para dar início a uma industria em um país, contudo, a agência não
faz planos específicos sobre como relacionar-se com as igrejas que já se encontram no
país, igrejas que em sua opinião são uma mistura de Cristianismo e animismo.
4. Estratégia da Solução Única - Presume que cada situação que enfrentamos é uma
situação diferente, que cada uma exige sua própria estratégia especial. Ela presume que
podemos descobrir um caminho, que há uma resposta. Ela presume que devemos fazer
declarações de fé ( estabelecer alvos ) sobre o futuro. Ela presume que as soluções
padronizadas provavelmente não vão funcionar.
O Que Acontece Quando Não Há Estratégia?
Muitos de nosso missionários estão no campo e nem sabem porque estão, alguns
forma levados por uma emoção, outros por questões de sobrevivência etc. Uns estão
ocupados em fazer as coisas e não fazer as coisas funcionar. A maioria dos missionários
não possuem nenhuma estratégia. Quando perguntamos à um missionário sobre seus
alvos, a resposta é sempre a mesma “vim trazer a Palavra de Deus à este Povo”, outros
dizem ganharei toda esta cidade para Cristo, mas as vezes sua idéia não está bem
definida sobre como isto será realizado ou sobre quando será realizado. Vejamos o que
diz Mac Donald, um pastor americano, escrevendo à alguns missionários após tê-los
visitado em seus campos missionários:
1. Uma declaração de estratégia capacita a Junta Administrativa a avaliar o impulso da
obra missionária periodicamente e determinar a qualidade do trabalho que está sendo
realizado.
2. Uma declaração de estratégia capacitará a junta a fazer avaliações inteligentes dos
pedidos e alterações de atividades que as diversas pessoas se empenham em realizar.
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3. Uma declaração de estratégia capacita a junta a dar assistência em termos de recrutar
mais gente e mais apoio financeiro.
4. Uma declaração de estratégia a junta Administrativa a responder de maneira
responsável aos contribuintes sobre o progresso do trabalho em qualquer campo.
5. Uma declaração de estratégia torna claro à qualquer candidato em potencial o tipo de
trabalho que está sendo feito, onde pode se encaixar no quadro e a rota que deve seguir
para se qualificar como missionário.
6. Uma declaração de estratégia capacita o missionário a entender exatamente como se
encaixa no quadro geral dos objetivos do campo.
Uma declaração de estratégia é um plano para a evangelização de uma
determinada área. Ela define a atividade a ser feita, a área na qual deverá ser feita e os
métodos a serem empregados. Além disto, ela define as linhas de autoridade e os
relacionamentos entre o campo da associação e a Junta administrativa.
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TEMA: SETE PASSOS PARA VENCER A CRISE FINANCEITA

TEMA: SETE PASSOS PARA VENCER A CRISE FINANCEITA
TEXTO 2 Reis 4:1-7
INTRODUÇÃO
MEUS, QUERIDOS, TODOS NOS PASSAMOS POR MOMENTOS DIVICIOS MAIS TEMOS SEMPRE DE ESTÁ CONFIANDO EM DEUS.
I) Não aceite a crise como “um beco sem saída”. (2 Reis 4:1)
1. Não existe beco sem saída para os filhos de Deus.
2. O otimista nunca diz: “Não tem jeito!”
3. O otimista consegue enxergar aquilo que os outros não percebem.
“Sempre haverá uma saída em Deus”.
II) Não aceite um acordo para perder aquilo que você tem de mais precioso. Ela tinha “os filhos” que serviria como pagamento das dividas. Eles seriam levados como escravos.
Dependendo dos acordos que fazemos, vencemos as dividas, ou por elas somos vencidos.
1. Há pessoas que fazem acordo, mas sacrificam aquilo que é inegociável.
a. Sacrificam os Filhos, esposa, o casamento, a família.
b. Sacrificam a saúde.
c. Sacrificam sua Honestidade, sua integridade.
d. Sacrificam sua comunhão com Deus.
III) Busque orientação, conselho, direção financeira.
“...clamou a Eliseu, dizendo:...” (2 Reis 4:1)
1. As grandes empresas pagam muito dinheiro por uma orientação sábia de um consultor financeiro.
“Não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselhos há segurança” (Pv 11:14).
“O caminho do insensato é reto aos seus próprios olhos, mas o que dá ouvidos ao conselho é sábio”. (Pv 12:15)
“ Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas havendo muitos conselheiros eles se firmam”. (Pv 15:22)
“Com conselhos prudentes tu farás a guerra; e há vitória na multidão dos conselheiros”. (Pv 24:6)
IV) Siga a instrução recebida. (2 Reis 4:5,6)
Muitas pessoas morrem porque não seguem a instrução recebida do médico.
1. Ela acreditou na idoneidade do conselheiro.
2. Ela colocou em prática aquilo que ouviu.
3. Ela seguiu a instrução completa, não mudou nada.



V) Não a milagre financeiro sem trabalho. (2 Reis 4:3,4)
Acredite em milagre não em mágica.
Pedir vasilhas.
Carregar vasilhas.
Encher as vasilhas.
Sem trabalho não há vitória sobre a crise financeira.
Um problema chamado preguiça.
“A preguiça faz cair em profundo sono, e a alma indolente padecerá fome”. (Pv 19:15)
“Está atenta ao andamento da casa, e não come o pão da preguiça”. (PV 31:27)
“...se alguém não quiser trabalhar, não coma também”. (2 Ts 3:10)
“O preguiçoso inventa as desculpas mais esfarrapadas para não trabalhar”. (Pv 22:13)
VI) Não use desculpas ilógicas para não pagar a divida.
1. Quem deve não foge das dividas.
2. Quem deve respeita o credor. A viúva não tirou razão do credor desrespeitando-o.
3. Quem deve busca uma forma de resolver seu problema.
VII) O tripé do sucesso financeiro.
Comprar. (O que tens em casa? Algo que ela tinha comprado.) Primeiro, você precisa saber comprar. No mundo inteiro as pessoas sabem o que é desconto. Quem sabe comprar, é um bom administrador.
Vender. (O pouco foi multiplicado, agora ela precisava negociar bem!) Tudo na vida depende da nossa capacidade de negociação. Ex., recebeu um oferta de 100 reais e com ela fez chocolate e vendeu durante 6 meses, o tempo que demorou para Deus abrir uma porta de trabalho para ele e sua esposa.) Um dos principais segredos do sucesso financeiro está no saber negociar.
Pagar. (Leve a sério os compromissos assumidos.) Deus não pode abençoar:
a. Pessoas desonestas, (Ef 4:28).
b. Pessoas descontroladas, (Gl 5:23)
c. Pessoas irresponsáveis, (Mt 25:18, 26-29).
Conclusão:
A sua vida amanhã, depende de como você administra suas finanças hoje.
“Vivei do resto...” (1 Reis 4:7)

CULTO NA IGREJA O BRASIL PARA CRISTO

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CONFERENCISTA ROBERTO GADRÉT PREGANDO NA IGREJA QUE ELE REUNE

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CONFERENCISTA ROBERTO GADRÉT

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EU E MEU AMIGO ROBERTO SANTOS

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O CONFERENCISTA ROBERTO PREGANDO NO CONGRESSO NA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS PASTOR DIONISIO

A FILHA DO ROBERTO COM SUAS AMIGUINHAS

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CRIANÇAS FELIZ

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O CONFERENCISTA ROBERTO PREGANDO EM UMA FESTA DE JOVENS