terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

CRISTOLOGIA A DOUTRINA DE CRISTO


SEMINÁRIO TEOLÓGICO MORIAH

CRISTOLOGIA A DOUTRINA DE CRISTO

LIÇÃO 1
ÍNDICE
CAPÍTULO I: A PREEXISTÊNCIA DE CRISTO
CAPÍTULO II: A ENCARNAÇÃO DE CRISTO
CAPÍTULO III: A DIVINDADE DE CRISTO
CAPÍTULO IV: O TRÍPLICE MINISTÉRIO DE CRISTO
CAPÍTULO V: A OBRA DE CRISTO
Autor: Pr. Antônio Gilberto
ALUNO ; ROBERTO XAVIER GADRET JUNIOR
BACHAREL EM TEOLOGIA
SEMINÁRIO TEOLÓGICO MORIAH
Rio de Janeiro – RJ
Copyright © 1995. Todos os direitos reservados.

CAPÍTULO I
A PREEXISTÊNCIA DE CRISTO
Profecias a respeito de Cristo no Velho Testamento
Assunto Velho Testamento Novo Testamento
Filho de Deus Sl 2.7 Lc 1.32,35
Semente da mulher Gn 3.15 Gl 4.4
Semente de Abraão Gn 17.7; 22.18 Gl 3.16
Semente de Isaque Gn 21.12 Hb 11.17,19
Semente de Davi Sl 132.11; Jr 22.5 At 13.23; Rm 1.3
O Profeta Dt 18.15-18 At 3.20-22
O Sacerdote Sl 110.4; Zc 6.13 Hb 5.5,6; Rm 8.34
O Pastor Is 40.11; Ez 34.23 Jo 10.11-16
Pedra Angular Sl 118.22; Is 28.16 I Pd 2.6,7
Dotado de humildade Is 42.2; 40.11 Mt 11.29; 12.15,20
Zeloso Sl 69.9 Jo 2.19
Nascido de uma virgem Is 7.14 Mt 1.22,23
Nascido em Belém Mq 5.2 Mt 2.1; Lc 2.4-6
Teria um precursor Is 40.3; Ml 3.1 Mt 3.1-3; Jo 1.23
Recebeu visitas ilustres Sl 72.10 Mt 2.1-11
Teria o nome Emanuel Is 7.14 Mt 1.22,23
Ungido pelo Espírito Is11.2; 42.1; 61.1 Mt 3.16; Jo 3.34
Operaria maravilhas Is 35.5,6; 53.4 Mt 11.4-6; Jo11.47
Matança dos Inocentes Jr 31.15 Mt 2.16-18
Condições Humildes Is 3.2; 42.2 Mt 12.15,16,19
Entrada no templo Ml 3.1; Ag 2.7,9 Mt21.12; Lc2.27-32
Traído por um amigo Sl 41.9; 55.12-14 Jo 13.18,21
Ministério Público Is 61.1,2 Lc 4.16-21,43
Ministério inicial: Galiléia Is 8.23; 9.1,2 Mt 4.12-16, 23
Entrada em Jerusalém Zc 9.9 Mt 21.1-5
Pregação por parábolas Sl 78.2 Mt 13.34,35
Menosprezo do povo Sl 22.6; 69.7,9,20; Is 53.3 Jo 8.59
Menosprezo dos irmãos Sl 118.22; 69.8 Jo1.11; 7.3; Mt21.42
Vendido p/ trinta moedas Zc 11.12 Mt 26.15
Mãos e pés feridos Sl 22.16; Zc 13.6 Jo 19.18; 20.25
Tempo certo para nascer Gn 49.10; Dn 9.24,25 Lc 2.1
Aborrecido pelos judeus Sl 69.4; 109.5 Jo 15.24,25
Um tropeço para os judeus Is 8.14 Rm 9.32; I Pd 2.8
Príncipes contra eles Sl 2.1,2 Lc 23.12; At 4.27
Compra de um campo Zc 11.13 Mt 27.7
Padeceria pelos Nossos pecados Is 53.4,6-12;
Is 63.1-5; Dn 9.26 Mt 20.28
Ferido, esbofeteado e cuspido Is 50.6; Mq 5.1 Mc 14.65; Mt 27.30
Acusado por falsas Testemunhas Sl 27.12; 35.11 Mt 26.59,60
Abandonado pelo Pai Sl 22.1 Mt 27.46
Ultrajado Sl 22.7,8; 69.19,20; 89,51 Mt 27.39-44
Deram-lhe vinagre e fel Sl 69.21 Mt 27.34
Contado com os perversos 53.12 Mc 15.28
Intercede pelos inimigos Is 53.12; Sl 109.4 Lc 23.34
Vestes repartidas Sl 22.18 Mt 27.35
Ossos não quebrados Ex 12.46; Nm 9.12; Sl 34.20 Jo 19.33,36
Furado no lado Zc 12.10 Jo 19.34,37
Rocha Dt 32.15 I Co 10.4
Abandonado pelos seus Zc 13.7 Mt 26.31,56
Dores e agonia Sl 22.14,15; 40.12; Is 52.14; 53.3 Lc 22.42,44
Paciente e silencioso Is 53.7 Mt 26.63
Condenado à morte Is 53.12; Dn 9.26 Mt 27.50
Prodígios na sua morte Am 8.9 Mt 27.45
Sepultado com os ricos Is 53.9 Mt 27.57,60
Sua carne não veria Corrupção Sl 16.10 At 2.31
Ascensão para o céu Sl 24.7,10; 68.18 Lc 24.51; At 1.9
Fuga para o Egito Os 11.1 Mt 2.15
Ofício sacerdotal Zc 6.13 Rm 8.34
Pobreza pessoal Is 53.2 Mc 6.3; Lc 9.58
Sentado à direita de Deus Sl 110.1 Hb 1.3
Domínio Universal Sl 72.8; Dn 7.14 Fl 2.9,11
Reino perpétuo Is 9.7; Dn 7.14 Lc 1.32, 33
Sacerdote da ordem de Melquisedeque Sl 110.4 Hb 5.5,6
Rei em Sião Sl 2.6 Lc 1.32; Jo 18.33-37
Como noivo Sl 19.5; Is 61.10 Mt 9.15; 25.1-10;Jo 3.29
Servo Is 42.1,19; 44.21 Mt 20.28
Amado de Deus Ct 1.13 Mt 3.17
Capitão Is 5.14 Hb 2.10
Desejado dos povos Ag 2.7 Jo 12
Eleito Is 13.1 Jo 6.6
O "Eu Sou" Ex 3.14 Jo 8.58
Páscoa Ex 12 I Co 5.7
Preexistência de Cristo significa a sua existência anterior ao tempo de Sua vinda ao mundo, pela Encarnação (se fazer carne).
1. Encontrada no Velho Testamento.
a). A forma verbal de Gn 1.26 e textos paralelos sugere a existência da presença de mais de uma Pessoa na Divindade.
b). Do cântico tríplice dos serafins descritos em Is 6.3, se entende que os seres celestiais entoavam louvores a Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
c). Os inúmeros tipo, figuras registradas desde que Adão e Eva pecaram, apontam para um Salvador preexistente.
d). Os sacrifícios abundantes que Israel ofereciam prefiguram a Pessoa e a Obra de Cristo.
e). As profecias alusivas à Redenção do homem indicam, sistemática e objetivamente, que sempre existiu no alto conselho de Deus, um Salvador dos homens, Essas profecias se estendem de Gênesis a Apocalipse. Ler Jo 5.46 e Lc 24.27,44.
f). O Anjo de Jeová (Anjo do Senhor) freqüentemente mencionado nalguns livros do VT., demonstra aparições teofânicas de Cristo, precedendo a sua Encarnação.
2. Declarada no Novo Testamento
a). Pelos Apóstolos:
Mateus - Mt 1.23
João - Jo 1.1-3, 14
Tomé - Jo 20.27,28
Paulo - Fp 2.6,7; Cl 1.15, 17; I Tm 3.16; Ef 1.4; Gl 4.4; Rm 8.3.
b). Por João Batista - Jo 1.15
c). Pelo próprio Cristo - Jo 8.56-58; 6.38; 17.5
3. Evidenciada em Seus Títulos Especiais
a). Filho de Deus
b). Logos (verbo, palavra)
c). Deus
Suplemento sobre o Anjo do Senhor
Gn 16 - Gn 18 - Gn 19 - Gn 21:17,18 - Gn 22:9-19 - Gn 48:15,16 - Êx 3:1-7,13 - Êx 14:19 - Êx
23:20-23 - Nm 22:22-35 - Js 5:13-15 - Jz 2:1-5 - Jz 6:11-24 - Jz 13:2-25 - Is 63:8,9.

CAPÍTULO II
A ENCARNAÇÃO DE CRISTO
A Encarnação de Cristo é um dos maiores mistérios encerrados na Bíblia Sagrada. Ele tornou possível a Salvação do homem e sua reconciliação com Deus. Ignorar o seu valor é ignorar a estrutura da Obra Redentora cumprida através do Cristo Encarnado.
O nascimento de Jesus não significa sua origem, porque Ele é o Cristo Preexistente. Seu nascimento é a Obra de Encarnação, a porta de acesso à presença humana de Deus entre os homens - Emanuel (Mt 1.23).
O nascimento de Jesus é o maior mistério da biologia, porque Ele não foi gerado por homem algum. É o único nascido de mulher (Gl 4.4). Jesus é chamado de último Adão (I Co 15.45). Existe uma profunda semelhança entre Jesus e Adão, quanto a singularidade de suas aparições no mundo. Entretanto, Adão nunca foi uma criança. E depois de Jesus, ninguém mais nascerá sobrenaturalmente como Ele, Ele é o último
Adão.A maneira como Jesus isenta-o da paternidade pecadora, logo Ele não herdou a contaminação
do pecado humano. Exceto neste aspecto, Ele era semelhante aos demais homens. Existem muitos fatos maravilhosos relacionados com a Encarnação de Cristo, dando-nos a idéia de uma preparação divina para o Seu nascimento.
a. a visita de um anjo a Zacarias
b. a identificação do anjo perante Zacarias
c. a nudez do sacerdote (Zacarias)
d. a visita do anjo a Maria
e. a visita do anjo a José
f. a estrela de Belém
g. a milícia celestial e o louvor
h. a mensagem do anjo aos pastores
A encarnação de Cristo foi profetizada milhares de anos antes do Seu nascimento (Gn 3.15), foi depois confirmada. No sentido em que Jesus é Filho de Deus, ninguém mais o é, Ele é o UNIGÊNITO (Jo 3.16).
Algumas expressões são características da Encarnação (Mt 20.28; Jo 6.5; I Tm 3.16).
Se não houvesse encarnado-se, Jesus jamais poderia morrer (Hb 2.9-14; 9.26).
Pela Encarnação Jesus provou, experimentou os sentimentos e provações próprios dos homens (Hb.2.17,18).
A Perfeita Humanidade de Jesus Cristo
Depois de havermos considerado as duas naturezas de Cristo, o grande mistério de Sua natureza divino/humana, dentro de uma só Personalidade, é indispensável colher alguns informes bíblicos relacionados com as provas da perfeita humanidade do Senhor. Não faltam aqueles que negam ao Senhor a perfeita humanidade . Por exemplo, os espíritas referem-se a um "corpo fluídico", procurando fugir a essência da doutrina da morte de Jesus, a base de nossa redenção. O
aluno deve ler detidamente (I Jo 4.1-3, II Jo 7 e I Co 15.3).
01. Jesus é chamado de Filho do homem mais de oitenta (80) vezes na Bíblia.
02. Jesus possuía um corpo realmente de carne. Jo 1.14; Hb 10.5.
03. Jesus nasceu de uma mulher. Gl 4.4; Mt 1.18.
04. Jesus tornou-se semelhante aos homens. Fp 2.7,8.
05. Jesus tornou-se semelhança da carne do pecado. Rm 8.3 (ver II Co 5.21)
06. Jesus participou da carne e do sangue (Hb 2.14).
07. Jesus foi um menino Is 9.6; 7.14; Mt 1.18-25; Lc 2.12.
08. Jesus cresceu. Lc 2.52
09. Jesus experimentou sofrimentos. Is 53.5; Mt 26.38
10. Jesus era um homem. I Tm 2.5; Jo 8.40.
11. Jesus acolheu um discípulo em seu peito. Jo 13.23-25.
12. Jesus esteve cansado. Jo 4.6
13. Jesus sentiu sede. Jo 19.28
14. Jesus foi tentado. Mt 4.2; Hb 4.15
15. Jesus turbou-se em seu espírito. Jo 13.21
16. Jesus suou. Lc 22.44
17. Jesus dormiu. Mc 4.38
18. Jesus chorou. Jo 11.35
19. Jesus morreu. Jo 19.33
20. Jesus foi sepultado. Jo 19.42
21. Jesus possui corpo, alma e espírito. I Ts 5.23; Jo 2.21 e Lc 23.46.
Se Jesus não tivesse se tornado verdadeiramente homem, não poderia ser o nosso mediador. Se não houvesse feito referências à Sua Divindade, não nos poderia salvar. No tópico a seguir estudaremos a respeito de Sua divindade.

CAPÍTULO III
A DIVINDADE DE CRISTO.
Uma das mais significativas batalhas que a Igreja de Cristo tem travado no terreno da Teologia refere-se
à doutrina da Divindade de Cristo.
Adversários (os mais variados e de procedências das mais distintas), se têm levantado furiosamente, desejando lançar por terra tudo aquilo que a Bíblia ensina categoricamente. Cristo, o Filho de Deus, é Deus. O estudo da Divindade de Cristo nos ajudará a ter fortalecida a nossa fé e nos prevenir contra os falsos doutores, previstos para os últimos dias em grande escala, os quais negam abertamente, segundo a própria Bíblia que "Jesus Cristo é o verdadeiro Deus e avida eterna".Várias vezes na Bíblia Jesus Cristo é chamado Deus (Jo 1.1): "E o Verbo era Deus". (Jo 20.28):
"Senhor meu, e Deus meu". (ver I Jo 5.20).Em Col 2.9 lemos que "n'Ele (em Jesus) habita corporalmente toda a plenitude da divindade".Outra tradução afirma que "habita substancialmente".Atributos privativos de Deus são mencionados em relação à pessoa de Jesus Cristo. "Pai da eternidade". (Is 9.6): "Saídas desde a eternidade", (Miquéias 5.2); "No princípio...", (Jo 1.1) compare
com Gn 1, "Eu" (Jo 8.58) - compare com Ex 3.14; Cl 1.17; Hb 7.13; 13.8; Ap 1.8. Mt 28.20: Ele estará todos os
dias, em todos os lugares e com todos os crentes. Ef 1.21; Cl 2.10; Jo 16.15. Tudo o que é próprio do Pai, a Ele também pertence. Uma explicação de Cl 2.9. "Ele sabe todas as coisas". Ap 2.2,9,13,19. Inúmeras vezes encontramos nas Escrituras Jesus realizando atos divinos.
a). Criação - Jo 1.3; Cl 1.16; I Co 8.6; Hb 1.2
b). Inspiração - I Pd 1.11; Jo 14.26; 18.37
c). Salvação - Is 45.21,22; I Tm 4.10; At 4.12; Hb 5.9; 7.25
d). Responder e ouvir oração - Jo 14.14; I Co 1.2; At 7.59
e). Ressuscitar - Jo 5.21; 5.28,29; 6.39,40; 11.25
f). Julgamento - Mt 24.30; 25.30; At 17.31; Rm 14.10; II Co 5.10; II Tm 4.1
g). Conceder o Espírito Santo - At 2.33,36; Mt 3.11
h). Sendo digno de adoração - Mt 2.11; 14.33; Hb 1.6; Jo 5.23; Ap 5.12.
Jesus é o unigênito Filho de Deus. Ele nunca é mencionado como um Filho de Deus. Ele é o UNIGÊNITO de Deus. Jo 3.16; Mt 16.15-17; Jo 5.18; Sl 2.7; At 13.33.
Recomendamos a leitura do livro Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, páginas 141 a 146,
onde se abordam os seguintes tópicos, os quais serão incluídos nos exames:
a) o conhecimento interno de Cristo.
b) as reivindicações de Jesus.
c) a autoridade de Cristo.
d) a pureza de Cristo.
e) os testemunhos dos discípulos.
No Novo Testamento Jesus Cristo é chamado de Senhor (forma grega do hebraico Deus, no
V.T.). Ver Is 45.5,6 e comparar com Lc 2.11 etc. Jesus é chamado de Senhor 133 vezes nos Evangelhos,
84 em Atos e 150 nos demais livros no N.T.
Alguns convites e afirmações feitos por Jesus unicamente poderiam ser feitos por Deus. Leia-se
Mt 11.28; Jo 14.6; 11.25. O aluno poderá relacionar outros. Leia-se, finalmente, como subsídio a esta
lição (Jo 12.37-41).
Agora que já vimos demos algumas informações sobre a Divindade de Cristo, faça uma relação
de 10 textos bíblicos nos quais Jesus é chamado de Filho de Deus e anote abaixo para fixação e
comparação no que iremos analisar a seguir.
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1. Jesus Cristo - Filho do Homem
A Importância do Título.
Quando lemos os Evangelhos nos deparamos com 86 referências às pessoas de Jesus Cristo
como Filho do Homem. Vale notar que todas essas referências são atribuídas pelo próprio Jesus. Embora
Ele nunca se chamasse a si mesmo de Messias, designou-se, em tão grande número de vezes de Filho do
Homem, que importância haverá neste título? (Somente duas vezes o título não é mencionado pelo
próprio Cristo: Jo 12.34)
O Significado da Palavra Filho no Velho Testamento. (Entre os judeus)
Existem dois significados usuais da Palavra Filho, segundo o consenso dos judeus.
Particularmente no tempo do Velho Testamento.
a). Ser filho significa ter alguma semelhança com o pai;
b). Ser filho significa ter direito de participar em tudo que pertence ao pai. Leia-se Sl 2.7,8.
À luz destas considerações, Filho do Homem significa participação da natureza humana.
Compare-se Nm 23.19 e Jo 16.21.
No entanto, Ele nunca aparece como filho de homem ou filho de um homem. No mais alto
sentido, "Jesus é o homem ideal, universal e absoluto."
Título Messiânico.
Nos tempos do Velho Testamento e ainda nos tempos de Jesus empregava-se a expressão
FILHO DO HOMEM com certo conceito messiânico, um conceito de exaltação. A referência principal
da origem desse conceito vemos em Dn 7 e 8.
Ao adotar para si mesmo este título, Jesus não somente se identifica com o gênero humano, mas admite
igualmente ser o Messias prometido e esperado "Jesus, entre os homens, é o único que pode ser
apresentado à admiração universal. n’Ele se fundem, em alta harmonia, as virtudes mais raras e os
sentimentos mais humanos, as quais, nos outros homens ou se limitam ou se excluem reciprocamente".
Três Grupos de Passagens.
Em sua "Teologia Bíblica do Novo Testamento", Langston menciona a existência de três grupos nas
quais Jesus é chamado de Filho do Homem.
a. Referentes à vida de Jesus na terra, Mc 2.10; 2.28; Mt 28.20; Lc 19.10.
b. Referentes ao seu sofrimento, humilhação e morte. Mc 8.31; 9.31; 14.21.
c. Referentes a Sua segunda vinda. Mt 24.30; 25.31.
2. Jesus cristo - Filho de Deus
Sentido Único.
Existem vários grupos aos quais a Bíblia chama de filhos de Deus: anjos, Adão, os crentes,
Israel, etc.
No sentido em que Cristo é chamado Filho de Deus nas Escrituras, ninguém mais o é. Cristo é o Filho
de Deus.
O Mistério.
Naturalmente temos de aceitar a revelação bíblica como um mistério. Não pode o entendimento
humano compreender facilmente o ministério da designação simultânea, dada a Jesus cristo, Filho de
Deus e Filho do Homem. Leia-se I Tm 3.1,6; Cl 2.2; Mt 11.27.
Filho Gerado.
Há pelo menos três distintos de filhos:
a. Filhos gerados
b. Filhos criados
c. Filhos adotados
Jesus não é filho adotado e muito menos filho criado. É Filho Gerado. A Bíblia o chama de
Unigênito (único gerado) de Deus. O homem gera outro homem, porém faz ou cria uma estátua, que
pode ser semelhante a outro homem, porém não é igual, não tem a mesma natureza. Somente os filhos
gerados possuem a mesma natureza. Leia-se Jo 1.14,18; 3.16; 3.18; Cl 1.15-18; I Jo 4.9.
Consciência de Cristo.
Cristo tinha consciência plena de ser Filho de Deus. Desde os 12 anos Ele revelou uma identidade especial entre si e Deus.O Evangelho de João, mais que qualquer outro, traz a lume essa identidade. Veja-se João 20.17.
Os judeus, mais uma vez, quiseram apedrejá-lo, pois consideraram blasfêmia o fato de ter Ele declarado
ser Deus o Seu Pai. Por idêntica razão foi Ele condenado à morte. Jo 10.33,36 Mt 26.63-66. Verifique,
na Bíblia, a diferença do uso, por Jesus, das expressões "vosso Pai", "nosso Pai" e "meu Pai".
A Ressurreição.
Assim como os judeus condenaram-no pela sã declaração de ser Filho de Deus, a sua ressurreição foi um testemunho público do que Ele anunciara, pois a ressurreição declarou o Filho de Deus em poder". Rm 1.4.
Relação entre Jesus e Deus. Se tomarmos para estudo Mt 11.27, descobriremos que a expressão Filho de Deus estabelece uma relação incomparável entre Jesus e Deus, relação que outra pessoa jamais poderá alcançar um nível tão absoluto.
a) relação de poder (todas as coisas)
b) relação de confiança (me foram entregues)
c) relação de conhecimento (ninguém conhece o Filho, senão o Pai)
d) relação de comunhão (ninguém conhece o Pai, senão o Filho)
e) relação de vontade (aquele a quem o Filho quiser revelar)
Aba, Pai
O uso desta palavra aramaica pelos judeus era privativo dos filhos de judeus legítimos. Nunca era
usado em relação aos filhos de escravas ou prosélitos. O uso por Jesus demonstra uma filiação perfeita
dele para com Deus. Leia Gl 4.24; Rm 8.15.

CAPÍTULO IV
O TRÍPLICE MINISTÉRIO DE CRISTO
Existem menções bíblicas de inúmeros ofícios e ministérios de Cristo. Talvez nunca
cheguemos a uma compreensão total da extensão da Obra efetuada por nosso Salvador Jesus.
Todavia, situamos, na leitura do Livro Sagrado, o aspecto de apreciável destaque a Bíblia
confere a um tríplice ministério de Jesus Cristo, em perfeita conexão com sua Obra Redentora.
Todos os comentários das Escrituras Sagradas são unânimes em conceder ênfase a Obra
de Cristo como Profeta, Sacerdote e Rei. Estes três ofícios aparecem simultaneamente no Velho
Testamento e bem assim no Novo Testamento.
1. Cristo, Profeta
Na Bíblia, o profeta "é um interprete ou revelador da vontade divina, um intermediário entre Deus e o povo."
Como Profeta, Jesus foi incomparável. Ele desempenhou um ministério impar de proclamação da verdade, do desígnio e do amor de Deus para com os homens Mt 11.27; Jo 1.18; 14.9. "Ninguém falou como este homem", afirmaram seus inimigos.No exercício maravilhoso do seu ministério profético, Jesus empregou as seguintes
formas de pensamentos.a. Sentença, isto é, um pensamento breve e escultural.
b. Diálogo, isto é, uma conversação prolongada entre duas ou mais pessoas. Ver Jo 3; Jo 4; Jo 5
etc.
c. Discurso (ou sermão), ver Mt 5 e 7, Mt 24 etc.
d. Parábola, a narrativa de um fato natural envolvendo verdades espirituais. Ver Lc 15 etc.
Existem um sem-número de pontas salientes a considerar no ministério profético de Jesus. Destaquemos, todavia, uns poucos somente:
a. Sua sabedoria.
b. Sua autoridade.
c. Seus objetivos.
d. Seu método.
Jesus pregou o Reino de Deus, como um poder, como uma sociedade espiritual e como um organismo místico perfeito. Jesus ensinou pregando, pregou ensinando e pregou curando. Para os judeus, havia uma Pedra de toque a reconhecê-lo como Messias. Sua identidade
com Moisés. Moisés falou como "um profeta semelhante a mim." O aluno deverá preparar um esquema de semelhanças entre Moisés/Cristo. Myer Pearlman menciona em seu livro "Conhecendo as Doutrinas da Bíblia", páginas 164 e 165, os seguintes tópicos:
a) Como profeta, Jesus pregou a salvação.
b) Como profeta, Jesus anunciou o Reino.
c) Como profeta, Jesus predisse o futuro.
Lemos em Mt 21.11 que a multidão dizia: "este é Jesus, o verdadeiro Profeta de Nazaré".
E em Lc 24.19 está escrito que Ele "foi um varão Profeta, poderoso em obras e palavras diante
de Deus e de todo o povo".Jesus, pois, 'e verdadeiramente o Profeta que devia vir ao mundo". Jo 6.14.
2. Cristo, Sacerdote.
Desde que o homem pecou, tem ele necessidade de um sacrifício. Pecado é o afastamento de Deus. Sacrifício é o meio de volta para Deus. Na incapacidade de efetuar um perfeito sacrifício diante de Si, proveu para o homem, um Sacerdote - Cristo. Ef 5.2; Rm 5.11; II Co
5.18.É interessante notar que Jesus é, a um tempo, Cordeiro, Sacrifício, altar e Sacerdote. Jo
1.29; I Co 5.7; Hb 13.10; Hb 5.6.
Biblicamente o Sacerdote "é uma pessoa divinamente indicada para tratar com Deus a
favor dos homens". (Rimmer). Depreende-se, pois que o poder (autoridade) do sacerdote emanava
do próprio Deus.Leia Números 17. O florescimento da vara de Arão foi uma demonstração inequívoca do próprio Deus de que Arão, como sacerdote (sumo), não funcionava sob sua própria autoridade, mas sob a de Deus, o Senhor do sacerdócio. O capítulo 9 de Hebreus, entre outros, merece ser estudado cuidadosamente. Ele trata de
modo expressivo da penetração do Sumo Sacerdote no Santo dos Santos, exatamente a Obra de Cristo desempenhou, em caráter definitivo, tornando-se, assim, nosso Sumo Sacerdote para sempre. Referências específicas sobre Jesus como sacerdote (uma seleção): a. "Sumo Sacerdote da nossa confissão". Hb 3.1.
b. "Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque." Hb 5.6.
c. "Penetrou por nós...no interior do véu... e foi eternamente Sumo Sacerdote."
d. "Outro sacerdote, que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal mas segundo a virtude da vida incorruptível." Hb 7.15,16. e. "Sumo Sacerdote Santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime que os céus." Hb 7.26. f. "Sumo Sacerdote, que está assentado nos céus à destra do trono de majestade." Hb 8.1.
3. Cristo, O Rei.
A nenhuma outra pessoa é dada por tal. Este título pertence tão inerentemente como a Jesus.
Ele é Rei de um modo tríplice:
a. Por direito de nascimento, por ser Filho de Deus;
b. Por direito de herança, por ser descendente de Davi;
c. Por direito de conquista, por haver vencido potestades e impérios;
Cristo é Rei do presente e Rei do futuro.
a. Cristo é Rei no presente, de modo invisível, pela obra magnífica de liderança espiritual que Ele executa na Igreja, o Reino de Deus.
b. Cristo será Rei no futuro, tendo em vista a instauração do Milênio. E, "sendo Rei, reinará com
justiça", ocasião em que "a terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o
mar". Sl 66.4; 72.16-19; Is 2.2 etc.
Cristo é Rei numa tríplice esfera de relações.
a. Cristo é Rei em relação ao Universo. É o Reino de Poder. Sl 2.6-8; 8.6; Mt 20.31,32; 28.18; Hb 1.3; 2.8,9; Ap 19.15,16. Nesta qualidade, Ele sustenta governa e julga o mundo.
b. Cristo é Rei em relação à Igreja militante. É um Reino de graça. Lc 2.11; 19.38; Jo 18.36,37; Ef 1.22; Hb 1.8. Nesta qualidade Ele estabelece, legisla, administra, defende e faz crescer.
c. Cristo é Rei em relação à Igreja Triunfante. É um reino de glória. Jo 17.24, I Pd 2.21,22; I Pd 1.11; Nesta qualidade Ele revela, recompensa e glorifica. Lendo I Tm 6.14-16 entendemos que em Sua vinda, Cristo se revelará como o Rei dos reis. O Diabo sempre quis fazer esse rei, estabelecer esse reino universal. Mas, Cristo o será, glória a Deus. Devemos ter muito cuidado com as heresias sobre o reinado de Cristo, desde 1914 ou outras datas. Jesus ainda não estabeleceu Seu Reino visível na terra. Quando isto acontecer, duas coisas serão enfáticas no Seu Reino: Paz e justiça. Um estudo mais circunstanciado sobre o reinado de Cristo incluiria:
a. Pentateuco - Nm 24.17
b. Poético - Sl 72.8,11
c. Proféticos - Is 9.6,7; 32.1; Jr 30.9; Ez 37.24,25; Dn 7.13,14; Os 3.5; Mc 5.2; etc.
d. Evangelhos - Mt 2.2,6; 19.28; 21.5; 28.18; Lc 1.33; 19.27; 22.29,30; Jo 1.49; 12.13,15; 12.19.

CAPÍTULO V
A OBRA DE CRISTO
Cristo realizou muitas obras, porém a obra suprema que Ele consumou foi a de morrer pelos pecados do mundo. Mt 1.21; Jo 1.29. Incluídas nessa obra expiatória, figuram a sua morte, ressurreição, e ascensão. Não somente devia Ele morrer por nós, como também viver por nós.
Não somente devia ressuscitar por nós, como também ascender para interceder por nós diante de
Deus. (Rm 8.34; 4.25; 5.10).

. 1. A morte de Cristo.
Sua importância
O evento mais importante e a doutrina central do Novo Testamento resumem-se nas seguintes palavras: "Cristo morreu (o evento) por nossos pecados (a doutrina)". I Co 15.3. A morte expiatória de cristo é o fato que caracteriza a religião cristã. Martinho Lutero declarou que a doutrina cristã distingue-se de qualquer outra, e mui especialmente daquela que apenas parece
ser cristã, pelo fato de ser ela a doutrina da cruz. Todas as batalhas da Grande Reforma travaram-se em torno da correta interpretação da cruz. O ensino dos reformadores era este: quem compreende perfeitamente a cruz, compreende a Cristo e a Bíblia! O grande problema da humanidade é o problema do pecado, mas a religião que apresenta uma perfeita provisão para o resgate do poder e da culpa do pecado, essa é a religião divina. Jesus é o autor da "salvação eterna" (Hb 5.9), isto é, da salvação final. Seu significado. O homem não pode livrar-se da condenação; a libertação terá que vir da parte de Deus. Para isso Deus teria que tomar a iniciativa de salvar o homem. O testemunho das Escrituras é esse: que Deus assim fez. Ele enviou Seu Filho do céu à terra para remover esse obstáculo e
dessa maneira reconciliou os homens com Deus. Ao morrer por nossos pecados, Jesus removeu a barreira; levou o que nós devamos ter levado; realizou por nós o que estávamos impossibilitados de fazer por nós mesmos; isso Ele fez porque possibilitados de fazer por nós mesmos; isso Ele fez porque era vontade de Seu Pai. Essa é a essência da expiação de Cristo.

2. A Ressurreição de Cristo.
A evidência da ressurreição.
"Vocês cristãos vivem na fragrância de um túmulo vazio", disse um cético francês. É um fato que aqueles que foram a embalsamar o corpo de Jesus, nessa memorável manhã da ressurreição, encontraram seu túmulo vazio. Esse fato nunca foi e nem pode ser explicado a não ser pela ressurreição de Jesus! Quão facilmente os judeus
poderiam ter refutado o testemunho dos primeiros pregadores se tivessem exibido o corpo do nosso Senhor! Mas não o fizeram – porque não o puderam fazer! Como vamos explicar a própria existência e origem da Igreja cristã, que certamente teria permanecido sepultada juntamente com seu Senhor - se Ele não tivesse ressuscitado? A Igreja viva e radiante do dia de Pentecostes não nasceu de um dirigente morto! Que faremos com o testemunho daqueles que viram a Jesus depois de Sua ressurreição, muitos dos quais O apalparam, falaram e comeram com Ele; centenas dos quais, Paulo disse, estavam vivos naqueles dias, muitos dos quais, cujo testemunho inspirado encontra-se no Novo
Testamento? Há somente uma resposta satisfatória a essas perguntas: Cristo ressuscitou! Aleluia!
Muitas tentativas já foram feitas para superar esse fato. Os chefes dos judeus asseveram que os discípulos de Jesus haviam roubado o Seu corpo. Mas isso não explica como um pequeno grupo de tímidos e desanimados discípulos pôde reunir suficiente coragem para arrebatar dos endurecidos soldados romanos o corpo de seu Mestre, cuja morte lhes significava o fracasso
completo das sua esperanças! Os eruditos modernos também apresentaram estas explicações:
1) Os discípulos simplesmente experimentaram uma visão. Então perguntamos: como podiam centenas de pessoas ter a mesma visão e imaginar, a um tempo só, que realmente viam a Cristo?
2) Jesus realmente não morreu; Ele simplesmente desmaiou e ainda estava vivo quando tiraram
da cruz. A isso respondemos: então um Jesus pálido e exausto, decaído e abatido, podia persuadir
aos discípulos cheios de dúvidas, e sobre tudo a um Tomé, de que Ele era o ressuscitado Senhor da vida? Não é possível! Essas explicações são tão inconsistentes que por si mesmas se refutam. Novamente afirmamos, Cristo ressuscitou! De Wette, um teólogo modernista, ele mesmo afirmou que "a ressurreição de Jesus Cristo é um fato tão bem comprovado quanto o fato histórico do
assassinato de Júlio César. O significado da ressurreição. Ela significa que Jesus é tudo quanto Ele afirmou ser. - O Filho de Deus, Salvador, e Senhor. Rm 1.4. Isso significa que a morte expiatória de Cristo foi uma divina realidade, e que o homem pode encontrar o perdão dos seus pecados, e assim ter paz com Deus. Rm 4.25. Isso significa que temos um Sumo Sacerdote no céu que se compadece de nós, que viveu a nossa vida, e conhece as nossas tristezas e fraquezas, e que é poderoso para dar-nos poder para diariamente viver a vida de Cristo. Jesus que morreu por nós, agora vive por nós. Rm 8.34, Hb 7.25. Isso significa que podemos saber que há uma vida vindoura. Uma objeção comum a essa verdade é: "Mas ninguém jamais voltou para falar-nos do outro mundo." Mas alguém voltou - esse alguém é Jesus Cristo! "Se um homem morrer, tornará a viver?" A essa pergunta antiga a ciência somente pode dizer: "Não sei." A filosofia apenas diz: "Deve haver uma vida futura."A ressurreição de Cristo não somente constitui a prova da imortalidade, como também a certeza da imortalidade pessoal. I Ts 4.14; II Co 4.14; Jo 14.19. Isto significa que há certeza de
juízo futuro. Assim disse o inspirado apóstolo, Deus "tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do Varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-O dos mortos." At 17.31.
3. A Ascensão de Cristo.
Os evangelhos, o livro dos Atos dos apóstolos e as Epístolas dão testemunho da ascensão. Qual é o significado desse fato histórico? Quais são as doutrinas que sobre ele se baseiam? Quais são seus valores práticos? A ascensão ensina que o nosso Mestre é:
O Cristo Celestial. Jesus deixou o mundo porque havia chegado o tempo de regressar ao Pai. Sua partida foi
uma "subida", assim como Sua entrada ao mundo havia sido "descida". Ele que desceu agora subiu para onde estava antes. E assim como Sua entrada no mundo foi sobrenatural, assim o foi Sua partida. A ascensão vem a ser a linha divisória entre dois períodos da vida de Cristo: do nascimento até a ressurreição, Ele é o Cristo da história humana. Aquele que viveu uma vida
humana perfeita sob condições terrenas. Desde a ascensão, Ele é o Cristo da experiência espiritual, que vive no céu e tem contato com os homens por meio do Espírito Santo. O Cristo exaltado. Afirma certa passagem que Cristo "subiu", e outra que foi "levado acima". A primeira representa a Cristo como entrando na presença do Pai por sua própria vontade e direito; a segunda dá ênfase à ação do Pai pela qual Ele foi exaltado em recompensa da Sua obediência até
à morte. Foi em vista de Sua ascensão e exaltado que Cristo declarou: "É me dado todo o poder (autoridade) no céu e na terra." Mt 28.18. Ver Ef 1.20-23; I Pd 3.22; Fp 2.9-11; Ap 5.12. O Cristo soberano. Cristo ascendeu a um lugar de autoridade sobre todas as criaturas. Ele é a "cabeça de
todo o varão" (I Co 11.3), a "cabeça de todo o principado e potestade" (Cl 2.10); todas as autoridades do mundo invisível, tanto como as do mundo dos homens, estão sob seu domínio. I Pd 3.22; Rm 14.9; Fp 2.10,11. Ele possui essa soberania universal para ser exercida para o bem
da Igreja, a qual é Seu corpo; Deus "sujeitou todas as coisas a Seus pés, e sobre todas as coisas o
constituiu como cabeça da Igreja." Em um sentido muito especial, portanto, Cristo é a "cabeça da
Igreja". Essa autoridade se manifesta de duas maneiras:
1) Pela autoridade exercida por Ele sobre os membros da Igreja. Paulo usou a relação matrimonial como ilustração da relação entre Cristo e a Igreja. Ef 5.22,23. Como a Igreja vive em sujeição a Cristo, assim as mulheres devem estar sujeitas a seus maridos; como Cristo amou a Igreja, amor de ambos os lados - o amor retribuindo amor, devem exercer sua autoridade no
espírito de amor e sacrifício próprio.
2) O Cristo glorificado não é somente o poder que dirige e governa a Igreja, é também a fonte de vida e de poder. O que a videira é para a vara, o que a cabeça é para o corpo, assim é o Cristo vivo para a sua Igreja. Apesar de estar no céu, a Cabeça da Igreja, Cristo, está na mais íntima união com Seu corpo na terra, sendo o Espírito Santo o vínculo. Ef 4.15,16; Cl 2.19. O Cristo que prepara o caminho. O termo "precursor" é primeiramente aplicado a João Batista como aquele prepararia o caminho de Cristo. Lc 1.76. Como João preparou o caminho para Cristo, assim também o Cristo glorificado prepara o caminho para a Igreja. Esta esperança é comparada a uma "âncora da alma segura e firme, e que penetra até ao interior do véu; onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós." Hb 6.19,20. Ainda que agitada pelas ondas das provas e das adversidades, a alma do crente fiel
não pode naufragar enquanto sua esperança estiver firmemente segura nas realidades celestiais.
No sentido espiritual, a Igreja já está seguindo o Cristo glorificado; e tem-se "assentado nos lugares celestiais, em Cristo Jesus." Ef 2.6. I Ts 4.17; I Co 15.52. Essa esperança dos crentes não é uma ilusão, porque os mesmos já sentem o poder de atração do Cristo glorificado. I Pd 1.8. Com essa esperança, Jesus confortou os seus discípulos antes de Sua partida. Jo 14.1-3. "Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras." I Ts 4.18.
O Cristo intercessor.
A intercessão é um ministério importante do Cristo glorificado. Rm 8.34. A intercessão forma o apogeu das Suas atividades salvadoras. Ele morreu por nós; ressuscitou por nós; ascendeu por nós; e intercede por nós. Rm 8.34. Nossa esperança não está em um Cristo morto, mas sim em um Cristo que vive e reina com Deus. O sacerdócio de Cristo é eterno, portanto, Sua
intercessão é permanente. Quais são as petições principais de Cristo em seu ministério de intercessão? A oração do capítulo 17 de João sugere a resposta.
Semelhante ao ofício de mediador é o de advogado (no grego, "parácleto"). Um advogado ou “parácleto” é um que é chamado a ajudar uma pessoa que está angustiada ou necessitada, para confortá-la ou dar-lhe conselho e proteção. Essa foi a relação do Senhor para com seus discípulos durante os dias de Sua carne. Em I Jo 2.1, 2 estão expostas três considerações que dão
força a Sua advocacia: primeira, Ele está "com o Pai", na presença de Deus; segundo, Ele é "o Justo", e como tal, pode fazer uma expiação por outro; terceira, Ele é "a propiciação pelos nossos pecados", isto é, um sacrifício que assegura o favor de Deus por efetuar expiação pelo pecado.
O Cristo onipresente.
João 14.12. Enquanto estava na terra, Cristo necessariamente limitava-se a estar em um
lugar de cada vez, e não podia estar em contato com todos os Seus discípulos ao mesmo tempo. Mas ao ascender ao lugar de onde procedera a força motriz do universo, foi-lhe possível enviar Seu poder e Sua personalidade divina em todo o tempo, a todo lugar e a todos Seus discípulos. A ascensão ao trono de Deus deu-lhe não somente onipotência (Mt 28.18), como também
onipresença, cumprindo-se assim a promessa: "Porque onde estiver dois ou três reunidos em meu nome, aí estou Eu no meio deles". Mt 18.20. Quais são os valores práticos da doutrina da ascensão?
1. O conhecimento interno do Cristo glorificado, a quem brevemente esperamos ver, é um incentivo à santidade. Cl 3.1-4. O olhar para cima vencerá a atração das coisas do mundo.
2. O conhecimento da ascensão proporciona um conceito correto da Igreja. A crença em um Cristo meramente humano levaria o povo a considerar a Igreja como uma sociedade meramente humana, útil sim para propósitos filantrópicos e morais, porém destituída de poder e autoridade sobrenaturais. Por outro lado, um conhecimento do Cristo glorificado resultará no
reconhecimento da Igreja como um organismo, um organismo sobrenatural, cuja vida divina
emana da cabeça - Cristo ressuscitado.
3. O conhecimento interno do Cristo glorificado produzirá uma atitude correta para com o mundo
e as coisas do mundo. "Mas a nossa cidade (transcrita literalmente, "cidadania" está nos céus
donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. "Fp 3.20.
4. A fé no Cristo glorificado inspirará um profundo sentimento de responsabilidade pessoal. A
crença no Cristo glorificado leva consigo o conhecimento de que naquele dia teremos que prestar
contas a Ele mesmo. Rm 14.7-9; II Co 5.9,10. Ef 6.9.
5. Junto a fé no Cristo glorificado temos a bendita e alegre esperança de Seu regresso. "E se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez." Jo 1

TEMA: SETE PASSOS PARA VENCER A CRISE FINANCEITA

TEMA: SETE PASSOS PARA VENCER A CRISE FINANCEITA
TEXTO 2 Reis 4:1-7
INTRODUÇÃO
MEUS, QUERIDOS, TODOS NOS PASSAMOS POR MOMENTOS DIVICIOS MAIS TEMOS SEMPRE DE ESTÁ CONFIANDO EM DEUS.
I) Não aceite a crise como “um beco sem saída”. (2 Reis 4:1)
1. Não existe beco sem saída para os filhos de Deus.
2. O otimista nunca diz: “Não tem jeito!”
3. O otimista consegue enxergar aquilo que os outros não percebem.
“Sempre haverá uma saída em Deus”.
II) Não aceite um acordo para perder aquilo que você tem de mais precioso. Ela tinha “os filhos” que serviria como pagamento das dividas. Eles seriam levados como escravos.
Dependendo dos acordos que fazemos, vencemos as dividas, ou por elas somos vencidos.
1. Há pessoas que fazem acordo, mas sacrificam aquilo que é inegociável.
a. Sacrificam os Filhos, esposa, o casamento, a família.
b. Sacrificam a saúde.
c. Sacrificam sua Honestidade, sua integridade.
d. Sacrificam sua comunhão com Deus.
III) Busque orientação, conselho, direção financeira.
“...clamou a Eliseu, dizendo:...” (2 Reis 4:1)
1. As grandes empresas pagam muito dinheiro por uma orientação sábia de um consultor financeiro.
“Não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselhos há segurança” (Pv 11:14).
“O caminho do insensato é reto aos seus próprios olhos, mas o que dá ouvidos ao conselho é sábio”. (Pv 12:15)
“ Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas havendo muitos conselheiros eles se firmam”. (Pv 15:22)
“Com conselhos prudentes tu farás a guerra; e há vitória na multidão dos conselheiros”. (Pv 24:6)
IV) Siga a instrução recebida. (2 Reis 4:5,6)
Muitas pessoas morrem porque não seguem a instrução recebida do médico.
1. Ela acreditou na idoneidade do conselheiro.
2. Ela colocou em prática aquilo que ouviu.
3. Ela seguiu a instrução completa, não mudou nada.



V) Não a milagre financeiro sem trabalho. (2 Reis 4:3,4)
Acredite em milagre não em mágica.
Pedir vasilhas.
Carregar vasilhas.
Encher as vasilhas.
Sem trabalho não há vitória sobre a crise financeira.
Um problema chamado preguiça.
“A preguiça faz cair em profundo sono, e a alma indolente padecerá fome”. (Pv 19:15)
“Está atenta ao andamento da casa, e não come o pão da preguiça”. (PV 31:27)
“...se alguém não quiser trabalhar, não coma também”. (2 Ts 3:10)
“O preguiçoso inventa as desculpas mais esfarrapadas para não trabalhar”. (Pv 22:13)
VI) Não use desculpas ilógicas para não pagar a divida.
1. Quem deve não foge das dividas.
2. Quem deve respeita o credor. A viúva não tirou razão do credor desrespeitando-o.
3. Quem deve busca uma forma de resolver seu problema.
VII) O tripé do sucesso financeiro.
Comprar. (O que tens em casa? Algo que ela tinha comprado.) Primeiro, você precisa saber comprar. No mundo inteiro as pessoas sabem o que é desconto. Quem sabe comprar, é um bom administrador.
Vender. (O pouco foi multiplicado, agora ela precisava negociar bem!) Tudo na vida depende da nossa capacidade de negociação. Ex., recebeu um oferta de 100 reais e com ela fez chocolate e vendeu durante 6 meses, o tempo que demorou para Deus abrir uma porta de trabalho para ele e sua esposa.) Um dos principais segredos do sucesso financeiro está no saber negociar.
Pagar. (Leve a sério os compromissos assumidos.) Deus não pode abençoar:
a. Pessoas desonestas, (Ef 4:28).
b. Pessoas descontroladas, (Gl 5:23)
c. Pessoas irresponsáveis, (Mt 25:18, 26-29).
Conclusão:
A sua vida amanhã, depende de como você administra suas finanças hoje.
“Vivei do resto...” (1 Reis 4:7)

CULTO NA IGREJA O BRASIL PARA CRISTO

CULTO NA IGREJA O BRASIL PARA CRISTO
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CONFERENCISTA ROBERTO GADRÉT PREGANDO NA IGREJA QUE ELE REUNE

CONFERENCISTA ROBERTO GADRÉT PREGANDO NA IGREJA QUE ELE REUNE
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CONFERENCISTA ROBERTO GADRÉT

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EU E MEU AMIGO ROBERTO SANTOS

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O CONFERENCISTA ROBERTO PREGANDO NO CONGRESSO NA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS PASTOR DIONISIO

A FILHA DO ROBERTO COM SUAS AMIGUINHAS

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CRIANÇAS FELIZ

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O CONFERENCISTA ROBERTO PREGANDO EM UMA FESTA DE JOVENS