quarta-feira, 29 de abril de 2009

PERIODO INTERBIBLICO

PERÍODO INTERBÍBLICO

Entre as profecias de Malaquias e João Batista se estende um período de 400 anos, ou seja, entre as palavra de Malaquias: "Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim: e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais...", e as palavras de João Batista: "E naqueles dias apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus". Neste período há um profundo silêncio divino de 400 anos, sem uma voz profética.


I.PORQUE ESTUDAR ESTE PERÍODO


1.Razões históricas - Explicam o fundo histórico do Novo Testamento;

2.Razões culturais - Explicam a origem e desenvolvimento dos costumes,instituições e vida religiosa do povo judaico do período do Novo Testamento;

3.Razão Messiânica - Demonstra como Deus preparou o mundo para oadvento.

II.AS DIVISÕES DO PERÍODO INTERBÍBLICO.

1.Período Persa 536-331AC

2.Período Grego 331-167AC

a)Período Grego próprio 331-323AC
b)Período Egípcio 323-198AC
c)Período Sírio 198-167AC

3.Período Macabeus 167-63AC

4.Período Romano 63-5AC

Hist. Gentios - Referem-se apenas superficialmente aos assuntos judeus daqueles dias, provavelmente por não apreciarem o povo da aliança e devido a sua incapacidade para avaliar corretamente os aspectos espirituais dos conflitos entre os judeus e os povos idólatras.

III.O FIM DO PERÍODO DO ANTIGO TESTAMENTO E O INÍCIO DO PERÍODO PERSA.
Depois de um longo período de apostasia, o Reino do Norte foi conquistado e levado para o cativeiro pelos assírios em 721AC, lá desapareceu misturando-se. Igual tratamento recebeu o Reino do Sul nas mãos dos babilônios sob Nabucodonosor em 586 AC.

Já em 597 AC. Nabucodonosor tinha colocado fim ao Estado judaico onde o rei Joaquim e os principais tinham sido levados cativos 2Rs. 24:10-17. Nabucodonosor nomeou Matanias, em lugar de Joaquim, seu tio, e lhe mudou o nome para Zedequias. Judéia ficou como um reino tributário.

Em 590 Zedequias tenta aliar-se ao Egito, mas Nabucodonosor novamente sitia a cidade até ser tomada totalmente e ser destruída, e o seu templo profanado (Jr:39:4-10).

IV.AS RESTAURAÇÕES

A queda da Babilonia deu-se aproximadamente em 538 AC. Ciro rei da Pérsia tomou-a por meio do estratagema de afastar as aguas do Eufrates que passavam pela cidade.

Ciro publicou um decreto (536AC) que autorizava os judeus voltarem a sua pátria com os despojos do seu templo e a sua reconstrução seria financiada pelo tesouro real (Ed:6:1-5). Nesta primeira leva nem todos voltaram, alguns preferiram ficar com os seus negócios. Cerca de 50.000 exilados voltaram, principalmente das tribos de Judá, Benjamim e Leví sob a direção de Zorobabel. Começaram com a reconstrução do templo e o povo que tinha ficado na terra fez oposição para retardar a reconstrução (Ed:1:3,5-11 e 4:1-5). Nada mais se fez durante quase 20 anos embora que tiveram prosperidade (Ag:1-4).

Sob a pregação de Ageu e Zacarias (Ed:5:1-2) a obra foi recomeçada, havendo oposição mas os judeus apelaram para Dario Ed:6:1-15 ficando pronto em 516 AC.

Há um período de quase 60 anos onde a história se conserva em silêncio a respeito do estado dos judeus na Palestina. Em 495 AC (Ed:7:7) uma nova migração deixou a Babilônia sob a direção de Esdras, esta segunda leva foi absorvida pelo povo e nada aportou.

Em 446 AC (Ne:2:1) Neemias dirige-se ao rei ao ser informado da situação das muralhas de Jerusalém(parece ter sido uma recente devastação e não algo que ocorreu a um século meio antes)

1.A participação de Neemias:

a)Em menos de dois meses foram feitas as reparações e as muralhas da cidade levantadas (Ne:6:15-16)

b)Promoveu também reformas econômicas e sociais (Ne:5:1-12)

c)Foi renovado o conhecimento da lei sob a direção do escriba Esdras, que leu e interpretou as Escrituras (Ne:8:2,7,8; 8:9,13-18)

d)Fazia aplicação rigorosa dos princípios da Lei. O culto do templo foirenovado e as contribuições para o sustento foram exigidas. Os casamentos mistos proibidos (Ne:10:30), a quebra do sábado condenada (10:31) e foi estabelecida a administração regular dos dízimos (Ne:12:44).

e)Estas reformas deixaram efeitos perduráveis até o tempos dos Macabeus, criando um povo fiel a Deus que resistiu ao paganismo.

f)Dois aspectos da vida judaica desapareceram durante o período persa e grego: a monarquia e a função profética. As pretensões de independência foram centralizadas no sacerdócio e a função profética findou com Malaquias.

V.CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO PERSA.

No final de Malaquias os judeus se achavam ainda sob o reinado persa e permanecerem nessa situação durante praticamente sessenta anos da era intertestamentária.

A forma sacerdotal do governo judeu foi respeitada e sumo sacerdote recebeu ainda maior poder civil além de seus ofícios religiosos, embora tivesse de, naturalmente, prestar contas ao governador persa da Síria.

Em 2Reis 17:24-4, lemos que bem antes, em 721 AC, depois destruir o reino das dez tribos de Israel e dispersar os israelitas através das cidades dos medos, o rei da Assíria repovoou as cidades de Israel com um povo misto que veio a ser chamado de “samaritanos”, seu território sendo conhecido como Samária, o nome da cidade principal, ex-capital de Israel.

VI.O PERÍODO GREGO
Assim com Daniel tinha profetizado (Dn:8:1-7 “chifre notável”), o império persa caiu perante o rei da Grécia. Este era Alexandre o Grande. Ele expandiu o helenismo com maior ímpeto já que praticamente se tornou o senhor do antigo oriente médio.

O idioma grego se tornou a língua franca, foi a língua que foi usada no comércio e na diplomacia. Ao se aproximar a época do Novo Testamento, o grego era a língua comumente falada nas ruas de Roma, onde o proletariado indígena falava latim, mas onde os escravos libertos falavam gregos.

Alexandre o Grande fundou setenta cidades moldando-as ao estilo grego. Ele e os seus soldados se casaram com mulheres orientais misturando as culturas grega e oriental.

Com a morte de Alexandre o império se divide em quatro partes, governadas pelos quatro generais de Alexandre (Ptolomeu, Lisímaco, Cassandro e Seleno, Cf. Dn:8:21-22). As partes que influenciam o pano de fundo do Nono Testamento são: Ptolomeu( os Ptolomeus) e Seleno ou Seleuco (os Seleucidas). O primeiro centralizava-se no Egito, tendo Alexandria como capital. Os seleucidas tinham por centro a Síria e Antioquia era a sua capital. Espremida entre o Egito e a Síria, a Palestina tornou-se vítima da rivalidade destes dois.

VII.A PALESTINA SOB O DOMÍNIO DOS PTOLOMEUS (PERÍODO EGÍPCIO)

No começo dominaram a Palestina durante 122 anos (320-198). Os judeus gozaram de uma boa condição de vida. O sumo sacerdote era o governador e aplicava as leis. O templo era o centro da vida nacional, a festa da Páscoa, das Semanas e dos Tabernáculos eram realizadas no próprio templo. Mantinha-se o estudo da lei e durante este período a interpretação da mesma se desenvolveu com pormenores.

Foi sob o reinado de Ptolomeu Filadelfo que se realizou a versão do Antigo Testamento para o grego. Esta ficou conhecida como Setuaginta (LXX). A obra foi realizada no Egito (Alexandria), onde setenta e dois eruditos fizeram esta tradução.

Apesar das vantagens do povo judeu, este era um povo relativamente pobre, pagava um imposto baixo, pois as guerras constantes tinham empobrecido a terra.

VIII.A PALESTINA SOB O DOMÍNIO DOS SELEUCIDAS (PERÍODO SÍRIO)

Houve constantes lutas até que a Palestina caiu sob o domínio da Síria, mas o que mais importa para compreensão do Novo Testamento é a figura de Antíoco Epifanio (176-164) e os seus atos. O seu nome significa “deus manifesto”.

Quando o rei anterior à Antíoco IV, chamado Antíoco III tinha derrotado os egípcios (Ptolomeus), já os judeus estavam divididos em duas facões: A casa de Onias (Pró-Egito) e a casa de Tobias (Pró-Siria). Quando subiu Antíoco IV, rei da Siria, substituiu o sumo sacerdote judeu Onias III, pelo irmão deste Jasom, helenizante, o qual planejava transformar Jerusalém em uma cidade grega.

Foi erigido um ginásio com pista de corrida. Ali se praticavam corridas despidos, à moda grega, isto era um ultraje para os judeus piedosos. As competições eram inauguradas com invocações feitas as divindades pagãs, participando até sacerdotes judeus. A helenização incluía a freqüência aos teatros gregos, vestes aos estilo grego, a cirugia que removia a marcas da circuncisão e a mudança de nomes hebreus por gregos. Os que se opunham a esta paganização eram os “hasidim”ou “os piedosos”, a grosso modo seriam os puritanos.

Jasom o sacerdote helenizante foi substituído por outro judeu helenizante que parece não ter pertencido a uma familia sacerdotal, este pagou um tributo mais elevado (simonia), o nome deste era Melenau.

Antíoco tenta anexar o Egito ao seu dominio mas termina falhando. Isto chega aos ouvidos de Jasom de que Antíoco era morto. Jasom retornou a Jerusalém retirou Melenau do controle da cidade. Antíoco na sua volta interpretou isto como uma revolta de Jasom e enviou seus soldados a reintegrarem Melenau e saquearam a cidade e o templo de Jerusalém e passaram ao fio de espada os seus habitantes.

Dois anos mais tarde (168 AC), Antíoco enviou seu general Apolonio com um exército de 22 mil homens para coletar tributo, tornar ilegal o judaísmo e estabelecer o paganismo à força e assim consolidar o seu império e refazer o seu tesouro. Os soldados saquearam Jerusalém, incendiaram a cidade, os homens mortos e as mulheres escravizadas.

Novas leis e Proibições: Ofensa capital é circuncidar-se; proibido observar o sábado; celebrar festas judaicas, possuir copias do Antigo Testamento. Os sacrifícios pagãos tornaram-se compulsórios. Foi eregido um altar consagrado a Zeus, possivelmente no templo. Foram sacrificados animais imundos no altar e a prostituição sagrada passou a ser praticada no templo de Jerusalém.

IX.A REVOLTA DOS MACABEUS
(1A.MACABEUS:2:23-28; 42SS)


Neste período houve em torno de oito guerras. Judas Macabeus morreu na sétima luta sendo sucedido por Jônatas o quinto mais jovem filho de Matatias.

A revolta começou com Matatias, sacerdote de Modim (167). Após a sua morte seu filho Judas (166-161) continuou a luta com seis mil homens. Quando Antíoco mandou sessenta mil homens para subjugá-lo, Judas mandou os temerosos para a casa. Com três mil homens derrotaram os sírios.

Em seguida Judas entrou em Jerusalém e reedificou o templo (25 de dezembro de 166 AC). A festa da dedicação foi instituida no ano 164 (Cf.Jo:10:22).

O significado da opressão siria e a revolta dos macabeus: restaurou a nação da decadência política e religiosa. Criou um espírito nacionalista, uniu a nação e suscitou virilidade. Deu um novo impulso ao judaísmo, isto pode ser percebido na purificação moral e espiritual do povo; na onda da literatura apocalíptica e numa nova e intensa esperança messiânica.

Intensificou-se o desenvolvimento dos dois movimentos que se tornaram os fariseus e os saduceus. Os primeiros surgiram do grupo purista e nacionalista e os saduceus surgiram do grupo que se aliou com os helenistas.

Houve um ímpeto maior da diáspora onde muitos judeus queriam ausentar-se durante as perseguições de Antíoco.

X.O Período Romano.

O General Pompeu subjuga a Palestina (63AC) e o período do Novo Testamento fica sob o domínio do Império Romano.

Imperadores ligados às narrações do Novo Testamento: Augusto (27AC-14DC), sob quem ocorreram o nascimento de Cristo, o recenseamento e os primórdios do culto ao Imperador. Tibério (14-37DC), ministério e morte de Jesus. Calígula (37-41DC) exigiu que lhe prestassem culto e ordenou que sua estátua fosse colocada no templo de Jerusalém, mas veio a falecer antes que sua ordem fosse cumprida. Cláudio (41-54DC), expulsou de Roma os residentes judeus por distúrbios civis, entre os quais estavam Aquila e Priscila. Nero (54-68DC) perseguiu os cristãos, embora provavelmente nas cercanias de Roma, e sob quem Pedro e Paulo foram martirizados. Vespasiano(69-79DC), ainda general romano começou a esmagar uma revolta dos judeus, tornou-se imperador e deixou o restante da tarefa ao seu filho Tito, numa campanha que atingiu o seu clímax com a destruição de Jerusalém e seu templo, em 70DC. Domiciano(81-96DC), cuja perseguição contra a Igreja provavelmente serviu de pano-de-fundo para a escrita o Apocalipse, como encorajamento para os cristãos oprimidos.

XI.Herodes o Grande

Os romanos permitiam a existência de governantes nativos vassalos de Roma, na Palestina. Um deles foi Herodes o Grande, que governou o pais sob os romanos de 37-4AC. O senado aprovou o oficio real de Herodes, mas ele foi forçado a obter o controle da Palestina mediante o poder das armas.

1.A Dinastia de Herodes

a)Arquelau tornou-se etnarca da Judéia , Samária e Idumeia

b)Herodes Filipe, tetrarca da Itúreia, Traconites, Gaulanites, Auranites e
c)Bataneia

d)Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia e Pereia

e)Herodes Agripa I, neto de Herodes o Grande, executou Tiago e também
f)encarcerou Pedro

g)Herodes Agripa II, bisneto de Herodes o Grande, ouviu Paulo em sua
h)autodefesa

Antecedentes na vida de Herodes: mostrou grande zelo no seu governo, erradicando os bandidos que tinham infiltrado a Galiléia. Os primeiros 12 anos (37-25AC) foram gastos na luta pelo poder. Os segundo doze anos (25-13AC) foram os seus melhores anos. Os últimos nove anos (13-4AC) se caracterizaram pela crueldade e amargura.

Os sucessos de Herodes: usou de muito mais tato na sua tentativa de helenizar os judeus, que Antíoco Epifanio. Com espetáculos, jogos, etc. ganhou a lealdade dos jovens que se tornaram herodianos. Aumentou a fortaleza de Jerusalém denominada “Antonia”(At:21:34). Edificou a Cesaréia (At:10:1); 23:23-24). Reconstruiu o templo de Zorobabel, cuidando de não ofender os judeus. Começou em 20AC. completando o santuário em 18 meses e o templo todo só em 64 DC) (Cf.Jo:2:20

XII.O Surgimento da Sinagogas. Vd. Baxter, pgs.36-40

A sinagoga veio em consequência da suspensão do serviço do templo em 586AC. Era o local para a adoração e instrução. Era uma das mais importantes instituições na época de Cristo.

A sinagoga era dividida em duas partes. Numa parte ficava a arca com o livro da lei. Diante desta seção estava o lugar para os adoradores. No centro do auditório ficava o palco onde o leitor lia as Escrituras em pé e sentava-se para ensinar. Assentos foram colocados em volta do palco - os homens dum lado e as mulheres do outro.

Os líderes principais da sinagoga eram: o chefe da sinagoga com poderes de excomungação, superintendência dos cultos e presidência sobre o colégio dos anciãos. O Shaliach que oficiou nos cultos lendo as orações e a Lei. O Chazzan que cuidou da sinagoga como zelador, abriu as portas, preparou a sala e auditório, manteve a ordem e açoitou os condenados. O Methurgeman ou Targoman que traduziu as escrituras lidas em hebraico para o aramaico. Daí surgiram os Targuns. O Blatanim eram dez homens que assistiram todas as reuniões da congregação e levantaram as esmolas.

O Culto na sinagoga: Oração e o hino (incluindo o Shema, Dt:6:4-9) sem instrumentos. O Chazzan trazia a lei da arca. O Shaliach se levantava e lia a porção marcada num ciclo já previsto. O Methurgoman ou Targoman traduzia o trecho para o aramaico. Em seguida havia a palavra de exortação dum ançião sentado. A lei novamente era levada para a arca e orações eram feitas.

A História da Bíblia

A História da Bíblia

1. A história do livro

Os homens sempre sentiram a necessidade de se comunicar, falando uns com os outros sobre si mesmos, sobre os acontecimentos, sobre o mundo, sobre tudo afinal. Bem depressa, ao lado dessa comunicação oral, nasceu uma "literatura", uma comunicação mais elaborada. Eram hinos e poemas que falavam sobre os acontecimentos do passado, sobre os deuses, sobre os costumes e as tradições. Eram textos nascidos nas reuniões da comunidade, textos feitos para serem declamados. Textos que continuavam a ser repetidos de cor, muito depois que já se tinha esquecido o nome dos seus autores.
Hoje em dia, a Bíblia é para nós principalmente um livro. Não podemos, porém, esquecer que grande parte da Sagrada Escritura, antes de ser um livro escrito, foi uma série de poemas e narrativas que eram repetidas de cor nas assembléias do povo. Abra sua Bíblia na profecias de Jeremias. A nossa primeira impressão é que o profeta escreveu tudo antes ou logo depois de ter falado. Mas não foi assim. O profeta falou e só vinte e dois anos depois é que suas profecias foram escritas.

Justamente para facilitar o trabalho da memória e ajudar a transmissão falada é que a maioria dos textos eram compostos numa forma ritmada e num estilo cheio de paralelismos e repetições, rimas e provérbios.

Hoje em dia a base da nossa instrução é o aprendizado da leitura e da arte de escrever. Antigamente a instrução, a cultura baseava-se na memória, na repetição das tradições que deviam ser fielmente conservadas. Houve, porém, um momento em que a comunicação devia ser feita para pessoas ausentes, ou então, era preciso fixar de algum modo os textos, seja para ajudar a memória, seja para dar maior valor ao documento. Foi assim que a humanidade, numa época que já não podemos determinar com precisão, começou a recorrer à escrita.
Inicialmente, as palavras e as idéias eram representadas por desenhos que reproduziam a imagem dos objetos ou o símbolo das idéias. Essa primeira forma de escrita chamava-se "ideográfica", isto é: desenho da idéia. Aos poucos os desenhos começaram a representar os sons que formam as palavras. Nasceu assim a escrita "fonográfica": o desenho dos sons. Só muito mais tarde surgiram os desenhos que, de modo semelhante às nossas letras atuais, formavam a transcrição das palavras.

Quando os judeus ainda estavam vivendo no Egito, a escrita já era muito usada. Já fazia bem uns 1500 anos que os egípcios conheciam a arte de escrever. Sabemos, pela própria Bíblia, que antes dela já existiam alguns "livros Encontramos, por exemplo, referências ao "Livro das guerras de Javé", ao "Livro do Justo. Pelas descobertas da Arqueologia (ciência que estuda as antigas civilizações), sabemos que já existiam alguns escritos bíblicos mil ou até dois mil anos antes de Cristo. Mas não vamos esquecer que esses textos eram parciais. Eram antes um auxílio para a memória, e não propriamente livros como os nossos, destinados a estar nas mãos de todo o mundo.
Os livros antigos não eram tão práticos como os nossos nem estavam ao alcance de todos. Eram coleções de placas de metal, de madeira, de argila, de cascas de árvore ou de folhas. Com o tempo, passaram a ser feitos com o papiro ou o pergaminho. O papiro era uma espécie de papel primitivo, feito com o caule da planta chamada papiro. O pergaminho era feito com pele de animais, principalmente carneiros e cabras, cuidadosamente preparada. As "folhas" de papiro ou de pergaminho eram emendadas, formando longas tiras de até 50 metros de comprimento, enroladas para facilitar o manuseio. Outras vezes, as folhas eram costuradas, formando um "caderno".

E não vamos esquecer que, antes da invenção da imprensa, os livros eram trabalhosamente copiados à mão, um por um. Isso aumentava muito o seu custo. Eram poucos os que se podiam dar ao luxo de possuir uns poucos livros.
Devido a tudo isso é que a cultura antiga não estava, como a nossa, baseada na palavra escrita. Os conhecimentos eram transmitidos principalmente através dos mestres, dos poetas e dos cantores, que recitavam de aldeia em aldeia os antigos poemas sobre os heróis e sobre os deuses. Temos de ter isso em mente quando começamos a folhear a nossa Bíblia.

2. História do Antigo Testamento
3.
Abrindo a Bíblia, notamos logo as duas divisões principais que a caracterizam: Antigo Testamento e Novo Testamento. A palavra testamento quer ser a tradução de uma palavra grega: "diatéke, que podia tanto significar "testamento como contrato" ou "aliança". Na linguagem dos judeus, que viviam entre gregos, essa palavra "diatéke significava a aliança, o contrato pelo qual Deus se uniu a seu povo escolhido. Sendo assim, "Antigo Testamento" é a primeira parte do plano de Deus para a salvação da humanidade, a história da aliança feita com o povo judeu. Novo Testamento" é a história da aliança definitiva entre Deus e toda a humanidade, aliança que renova e leva à perfeição a primeira aliança feita com um povo.

O Antigo Testamento engloba os livros da Bíblia do tempo dos judeus até o tempo de Jesus. Os judeus dividiam a Bíblia em três partes: A LEI, OS



PROFETAS, OS ESCRITOS.

A primeira parte, A LEI, era chamada "Torah". É composta pelos cinco primeiros livros: GÊNESIS, ÊXODO, LEVÍTICO, NÚMEROS E DEUTERONÔMlO. Essa parte é também chamada de "Pentateuco", o que quer dizer: "Os cinco livros. Contém as leis dadas por Deus e narrativas que apresentam as circunstâncias históricas da manifestação do plano de Deus para a salvação. Essa primeira parte ainda continua em nossa atual divisão do Antigo Testamento.
As outras divisões atuais são: LIVROS HISTÓRICOS, LIVROS SAPIENCIAIS, LIVROS DOS PROFETAS. Por enquanto não importa explicar mais detalhadamente o conteúdo desses livros.

Mais uma vez usamos a expressão "livros da Bíblia. A Bíblia não foi escrita como um dos nossos livros atuais, divididos em capítulos, escritos segundo um plano previamente estabelecido. Foi surgindo aos poucos, através dos séculos, e é obra de muitos autores. Sendo assim, chamamos "livros" as principais unidades que formam a Bíblia. Mal comparando, poderíamos dizer que a Bíblia é uma biblioteca, uma coleção de vários livros que formam um só conjunto.
Aliás, seria bom perguntar: de onde vem esse nome "Bíblia? Esse nome é simplesmente a adaptação de uma palavra da língua grega: "Biblos", que significava "papiro", "livro. A Bíblia é, pois, "O LIVRO", o primeiro, o mais importante de todos.

E também já é tempo de perguntar: "Como surgiu o Antigo Testamento?. Para responder, precisamos ver antes alguma coisa da história do povo que escreveu essa parte da Bíblia. Vamos traçar uma história bem reduzida de muitos séculos.


A)O Povo Judeu

Percorrendo o Antigo Testamento, podemos ter a impressão de estarmos diante de uma "História do Povo Judeu. Isso é verdade, contanto que não interpretemos mal a palavra " História", que hoje em dia, para nós, significa um relato exato do que aconteceu, com as datas e os lugares exatos. Se alguém tentasse interpretar assim a Bíblia, iria procurar, por exemplo, estabelecer datas exatas para a criação do mundo, o dilúvio, o nascimento de Abraão, a saída da escravidão do Egito. Isso não seria possível, porque a Bíblia não está interessada na data exata dos fatos. Está interessada é em nos fazer compreender o sentido dos acontecimentos, como eles se encaixam no plano que Deus formou para a nossa salvação.

É por isso que o nome de pessoas e de lugares servem principalmente para caracterizar as pessoas e ressaltar a importância dos acontecimentos. E não para dizer que esses eram realmente os nomes das pessoas e dos lugares. O mesmo se pode dizer das datas, da duração dos períodos e das épocas. Diante, por exemplo, da afirmação: "O mundo foi criado em sete dias" ou "Os judeus andaram 40 anos pelo deserto", o que nós devemos perguntar é qual é o significado dos sete dias da criação e dos quarenta anos no deserto.
Mas, por outro lado, é interessante notar que as descobertas modernas sobre a vida dos povos que antigamente viviam naquela região confirmam plenamente as indicações da Bíblia sobre antigos costumes e tradições. Confirmam também muitas indicações sobre lugares e acontecimentos.


A maior parte dessas descobertas aconteceram por acaso. Foi assim que, em 1928, um lavrador estava arando, quando, de repente, seu arado encontrou uma pedra de sepultura. Um outro, em 1933, estava cavando uma sepultura e encontrou uma estátua antiga. Isso levou à descoberta de antigas cidades, com suas casas que sobraram de civilizações desaparecidas há muito tempo. Pouco a pouco a ciência arqueológica (ciência das antigüidades) vai-nos ajudando a ter um conhecimento bastante grande do passado. Ainda não sabemos as surpresas que o futuro nos reserva nesse campo.

Houve tempo em que muitos cientistas consideravam simples lendas todas as informações sobre os primeiros tempos do povo judeu. Principalmente o que a Bíblia conta sobre os patriarcas, os primeiros antepassados do povo. Atualmente a situação já é bastante diferente. A história bíblica dos patriarcas combina perfeitamente com as informações que atualmente temos sobre o passado. Se tivesse sido inventada apenas uns mil anos antes de Cristo, teria sido praticamente impossível imaginar costumes que correspondessem realmente a costumes de 800 ou 900 anos antes. A única explicação razoável é que os judeus, como todos os povos antigos, conservavam fielmente as lembranças do passado que formavam a sua "história familiar. Justamente porque eram tradições familiares é que a "história dos patriarcas" pouco se preocupa com os fatos da história geral. É antes uma seqüência de pequenos fatos do começo da família".
No Deuteronômio (26,5-10), encontramos um resumo da história dos patriarcas. Quando os judeus apresentavam a Deus os primeiros frutos de suas colheitas, deviam rezar assim: "Meu pai era um arameu (homem da região de Aram) que estava a ponto de morrer. Desceu para o Egito com um punhado de gente. Foi viver como estrangeiro naquela terra, mas tornou-se ali um povo grande, forte e numeroso. Os egípcios começaram a nos perseguir e nos oprimiam com uma pesada escravidão. Gritamos então pelo Senhor, o Deus de nossos pais. Ele ouviu o nosso grito e viu a nossa aflição, a nossa miséria, a nossa angústia. O Senhor tirou-nos do Egito (...) e nos trouxe para esta terra onde correm o leite e o mel".

O povo judeu entrou para a história 1300 anos antes de Cristo, quando estava vivendo ainda no Egito. E povo se reconhecia como descendente de Abraão, que tinha nascido mais para o oriente e durante algum tempo tinha vivido na região de Aram. Os judeus já estavam no Egito mais ou menos desde o ano 1700 a.C. (a.C.= antes de Cristo). Isso quer dizer que Abraão viveu lá pelo ano 1800 a.C. Seus descendentes, Isaac, Jacó e seus filhos, levavam uma vida semi-nômade, de um lado para o outro, até que os dois irmãos se fixaram no norte do Egito.

Não sabemos praticamente nada da sua história durante os 400 anos seguintes. Até lá por 1250 a.C., quando, guiados por Moisés, saíram do Egito. Durante vários anos, 40 mais ou menos, tiveram no deserto a experiência religiosa da manifestação de Deus. A partir de 1200 a.C., começaram a se apossar da Palestina, a região entre o Mediterrâneo e o Jordão.

Durante todo esse tempo, o povo judeu conservava cuidadosamente as tradições do passado em seus cantos, poemas, salmos e narrativas. Conhecia o Deus verdadeiro, tinha consciência de ser o povo por ele escolhido. Conservava suas leis e os ensinamentos religiosos eram passados de pais para filhos. Mas não apenas conservavam a religião do passado. Iam crescendo em sua vida religiosa, com altos e baixos, tempos de maior ou de menor fidelidade à aliança estabelecida com Deus. Continuamente eram ajudados e orientados por Javé, que lhes enviava homens providenciais. Podemos admitir que já por essa época muitas tradições não se transmitiam apenas oralmente, muita coisa já estaria sendo posta por escrito.

Finalmente, lá pelo ano 1000 a.C., o povo já estava estabilizado na Palestina, tinha deixado de ser um povo nômade. Começou, então, a época dos grandes reis. Com isso, elevou-se também a cultura do povo e a literatura entrou numa fase decisiva.

B) Começa a surgir a Bíblia

Pelos fins do décimo século a.C., começam a ser escritas as narrativas sobre Davi e Salomão, as primeiras partes dos livros que agora em nossa Bíblia se chamam 1º e 2º Livros de Samuel, e o começo do Livro dos Reis. Por esse mesmo tempo é escrita a história do passado mais próximo, as narrativas que encontramos nos Livros de Josué e dos Juízes.

Quando a realeza já estava mais organizada, começaram a se formar os "Arquivos de Estado", que conservavam a documentação para os escritores do futuro. Só no século seguinte começaram a ser escritas as tradições mais antigas sobre os patriarcas Abraão, lsaac e Jacó, a história da saída do Egito, os acontecimentos do deserto. Começou assim a formação dos livros que agora chamamos de Gênesis, Êxodo, Números.

A partir do ano 800 a.C., temos a época dos profetas, dos grandes homens enviados por Deus para orientar o povo, para ajudá-lo a compreender os planos divinos. As Mensagens dos profetas foram em parte escritas por eles mesmos, em parte por seus discípulos. Formou-se assim a coleção dos profetas, essa parte da Bíblia que é uma das mais ricas e sedutoras.

Uns cento e poucos anos depois, entre 700 e 600 a.C., já estavam por escrito os acontecimentos relativos à conquista da Palestina e o que aconteceu até o fim da realeza. São partes dos Livros de Josué, dos Juízes, de Samuel e dos Reis. Nesse mesmo tempo, começou a ser posto por escrito o Livro do Deuteronômio, que é uma reapresentação meditada da Lei Divina.

Apesar de todos os avisos dos Profetas, o povo não manteve fidelidade a Deus. O grande castigo chegou em 587 a.C., quando Jerusalém foi destruída e o povo quase todo foi levado para o cativeiro na Babilônia. Durante esse tempo de sofrimento, renasceu o espírito religioso dos judeus. Começaram a refletir sobre tudo quanto Deus tinha feito por eles. Surgem assim as partes do Antigo Testamento que se referem principalmente ao culto, ao serviço divino no templo, à organização no templo, à organização da comunidade religiosa voltada para Deus.
Quando o povo pôde voltar para a pátria, começou o último tempo na história da formação do Antigo Testamento. Os livros do passado foram reunidos, retocados, completados. Surgiram em sua forma definitiva os cinco primeiros livros Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Foram escritos os livros que chamamos de "Sapienciais" Provérbios, Jó, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Eclesiástico. Esses Livros Sapienciais são o fruto de uma reflexão que procurava levar à "sabedoria da vida", à compreensão dos planos de Deus.
Um pouco mais tarde surgiram os Livros das Crônicas, de Tobias, de Ester, de Judite. E com isso já estamos a apenas uns 300 ou 200 anos antes do nascimento de Jesus. OS judeus, que antes já tinham tido tantas dificuldades com os poderosos povos do oriente, tinham agora de enfrentar a influência dos gregos, depois das conquistas de Alexandre Magno. Mais ou menos 100 anos a.C. foram escritos os dois Livros dos Macabeus, que retratam essa época tão difícil para a fé do povo judeu. Desse mesmo tempo é o Livro de Daniel, colocado entre os livros dos profetas e Sabedoria.

Pois bem. Depois dessa rápida passagem através dos séculos, podemos perceber como a Bíblia do Antigo Testamento foi surgindo aos poucos, foi sendo completada e retocada. Não podemos imaginar que tenha começado com a composição do Gênesis e tenha sido escrita na mesma ordem que encontramos em nossa Bíblia atual. Sua história é muito mais rica e mostra de forma grandiosa a ajuda que Deus foi dando ao povo escolhido. Nessa longa história do nascimento da Bíblia, aparece mais claramente o poder de Deus. Muito mais claramente do que se Deus tivesse "ditado" a Bíblia para Moisés e os outros autores.
Uma última observação: Nem tudo ainda é inteiramente certo nessa história que apresentamos resumidamente. Nem sempre os especialistas estão de acordo e não podemos aqui discutir todos os pormenores. Interessa-nos apenas uma visão geral e aproximativa.
4. História do Novo Testamento

A) Primeiro, a comunidade

Em torno de Jesus tinha-se reunido a comunidade dos que tinham acreditado nele. Depois da ressurreição, depois que tinham sido iluminados pelo Espírito Santo, os discípulos começaram a viver e a propagar a mensagem cristã. Eles aceitavam as Escrituras Sagradas que tinham recebido da tradição judaica. Já agora, porém, iluminados pelo Espírito Santo e assistidos continuamente pelo Cristo, liam as Escrituras sob uma nova luz. Temos uma imagem clara dessa situação nova na passagem de Lucas (24,13-32), que nos conta a aparição de Jesus aos dois discípulos que iam a caminho de Emaús. Iam, naquele domingo da ressurreição, conversando sobre os últimos acontecimentos. Tinham ficado desorientados com a morte de Jesus e já não sabiam o que pensar. Disse-lhes, então, Jesus (vers. 25): "Como vocês demoram a entender e a crer em tudo o que os profetas disseram... Começou, então, a explicar todas as passagens das Escrituras Sagradas que falavam dele, começando com os livros de Moisés e os escritos de todos os profetas".

Aliás, o apóstolo Paulo (2Cor 3,14) diz que somente a aceitação de Jesus pela fé nos abre os olhos para uma exata compreensão do Antigo Testamento.
Pois bem. A comunidade cristã, a Igreja, vivia e anunciava a salvação pela fé em Jesus. Sua preocupação era conservar fielmente a mensagem recebida e dar um testemunho sobre os fatos presenciados pelos apóstolos e discípulos. É o que transparece nas palavras de Paulo (1Cor 15,3):
"O que eu recebi e entreguei a vocês é o mais importante: que o Cristo morreu pelos nossos pecados, como está escrito nas Escrituras Sagradas; que ele foi sepultado e que ressuscitou no terceiro dia como está escrito nas Escrituras; e que apareceu a Pedro e depois aos doze apóstolos..."
A primeira preocupação da comunidade não foi escrever um livro. Foi viver e transmitir uma vida. Isso não diminui o valor das Escrituras, da Igreja. Ajuda-nos, porém, a perceber como surgiram e como têm sua compreensão ligada à compreensão da própria vida da Igreja.
B) A Comunidade recebe as Escrituras do Novo Testamento
Inicialmente, pois, a comunidade não tinha o "Antigo e o Novo Testamentos".
Tinha a "Lei" e os "Profetas" e os Escritos. E tinha as palavras de Jesus, sua vida e seus atos. Vamos ver, brevemente, como surgiu o Novo Testamento.
Se abrimos agora uma edição do Novo Testamento, encontramos quatro divisões mais importantes: Evangelho, Atos dos Apóstolos, Epístolas, Apocalipse. É bom sabermos logo que aconteceu também aqui o que já tinha acontecido com o Antigo Testamento: os livros ou as partes não estão colocados na ordem em que foram escritos. A ordem atual levou em conta a importância das partes e também as vantagens práticas de uma sistematização.
São estes os livros, ou as partes, que encontramos em o Novo Testamento:
1º) Evangelhos: de Mateus, de Marcos, de Lucas, de João.
2º) Atos dos Apóstolos.
C)
3º) Epístolas: Em primeiro lugar, as cartas de Paulo aos Romanos, aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, aos Tessalonicenses, a Timóteo, a Tito, a Filêmon. Depois, a carta aos Hebreus, as cartas de Tiago, de Pedro, de João e de Judas.
4º) O Apocalipse de João.
D)
Talvez você não imagine, mas a parte mais antiga do Novo Testamento são as duas cartas de Paulo aos Tessalonicenses, isto é: aos cristãos da comunidade de Tessalônica, uma cidade da Grécia. No capítulo 17(1-10) dos Atos dos Apóstolos, podemos ler a história das primeiras conversões nessa cidade. Paulo esteve em Tessalônica lá pelos meados do ano 5O d.C.(depois de Cristo), quando estava fazendo a sua segunda viagem missionária. Em 51, ele mandou sua primeira carta; a segunda é de 52 ou 53.
Com essas duas cartas, começou a formação do Novo Testamento: as comunidades começaram a colecionar e a trocar entre si os escritos dos apóstolos.
Pelos anos de 54 ou 55, foi escrita a carta para a igreja de Filipos. Entre 57 e 58, surgiram as duas cartas para a comunidade de Corinto e para a dos Gálatas. Possivelmente quando estava preso em Roma, entre 61 e 63, é que Paulo escreveu as cartas para os cristãos de Colossos e de Éfeso. Durante esse mesmo tempo teria escrito a pequena carta a Filêmon, um cristão cujo escravo tinha fugido e fora convertido pelo apóstolo. As duas cartas a Timóteo e a carta mandada para Tito, se foram escritas por Paulo, então devem ter sido enviadas entre 64 e 67.
E)
A seguir, temos as cartas de Pedro, de Tiago e a Epístola aos Hebreus e a de Judas. Foram escritas, o mais tardar, nos decênios finais do primeiro século. Não podemos ter certeza completa sobre seus autores.
O primeiro evangelho a ser escrito foi provavelmente o de Marcos, antes ainda da destruição de Jerusalém, acontecida no ano de 70. Segundo a opinião de vários especialistas, o evangelho de Marcos foi precedido por uma primeira redação do evangelho de Mateus, feita em aramaico.Redação essa que depois foi reelaborada, dando origem à nossa atual edição grega. Não podemos saber exatamente quando isso aconteceu.
Nem podemos saber com certeza quando foi escrito o evangelho de Lucas. Alguns acham que foi escrito antes do ano 70; outros preferem dizer que os evangelhos de Lucas e Mateus (o atual) surgiram lá pelo ano 80.
Esses três evangelhos são bastante semelhantes entre si, apresentando quase os mesmos fatos, quase na mesma ordem. Por isso são chamados de Evangelhos Sinóticos, isso porque poderiam ser colocados lado a lado para serem lidos ao mesmo tempo.
F)
Os Atos dos Apóstolos, que narram os primeiros tempos da Igreja, dando um realce maior às pessoas de Pedro e de Paulo, são como que uma continuação do Evangelho de Lucas. Possivelmente esse livro foi escrito lá pelo ano 80.
Como a parte mais recente do Novo Testamento, temos finalmente o evangelho, as cartas e o Apocalipse de João. Até algum tempo atrás havia escritores que atrasavam até o século segundo o aparecimento desses livros. Atualmente, há um certo acordo que marca o aparecimento desses escritos entre os anos 90 e 100.
G)
Nem seria preciso repetir. Esta apresentação é apenas inicial e sumária. É só através de um estudo mais cuidadoso e demorado de cada livro que poderíamos examinar as perguntas sobre o seu autor e a data de seu aparecimento. De momento, o importante é apenas situar no tempo o aparecimento da Bíblia.

TEMA: SETE PASSOS PARA VENCER A CRISE FINANCEITA

TEMA: SETE PASSOS PARA VENCER A CRISE FINANCEITA
TEXTO 2 Reis 4:1-7
INTRODUÇÃO
MEUS, QUERIDOS, TODOS NOS PASSAMOS POR MOMENTOS DIVICIOS MAIS TEMOS SEMPRE DE ESTÁ CONFIANDO EM DEUS.
I) Não aceite a crise como “um beco sem saída”. (2 Reis 4:1)
1. Não existe beco sem saída para os filhos de Deus.
2. O otimista nunca diz: “Não tem jeito!”
3. O otimista consegue enxergar aquilo que os outros não percebem.
“Sempre haverá uma saída em Deus”.
II) Não aceite um acordo para perder aquilo que você tem de mais precioso. Ela tinha “os filhos” que serviria como pagamento das dividas. Eles seriam levados como escravos.
Dependendo dos acordos que fazemos, vencemos as dividas, ou por elas somos vencidos.
1. Há pessoas que fazem acordo, mas sacrificam aquilo que é inegociável.
a. Sacrificam os Filhos, esposa, o casamento, a família.
b. Sacrificam a saúde.
c. Sacrificam sua Honestidade, sua integridade.
d. Sacrificam sua comunhão com Deus.
III) Busque orientação, conselho, direção financeira.
“...clamou a Eliseu, dizendo:...” (2 Reis 4:1)
1. As grandes empresas pagam muito dinheiro por uma orientação sábia de um consultor financeiro.
“Não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselhos há segurança” (Pv 11:14).
“O caminho do insensato é reto aos seus próprios olhos, mas o que dá ouvidos ao conselho é sábio”. (Pv 12:15)
“ Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas havendo muitos conselheiros eles se firmam”. (Pv 15:22)
“Com conselhos prudentes tu farás a guerra; e há vitória na multidão dos conselheiros”. (Pv 24:6)
IV) Siga a instrução recebida. (2 Reis 4:5,6)
Muitas pessoas morrem porque não seguem a instrução recebida do médico.
1. Ela acreditou na idoneidade do conselheiro.
2. Ela colocou em prática aquilo que ouviu.
3. Ela seguiu a instrução completa, não mudou nada.



V) Não a milagre financeiro sem trabalho. (2 Reis 4:3,4)
Acredite em milagre não em mágica.
Pedir vasilhas.
Carregar vasilhas.
Encher as vasilhas.
Sem trabalho não há vitória sobre a crise financeira.
Um problema chamado preguiça.
“A preguiça faz cair em profundo sono, e a alma indolente padecerá fome”. (Pv 19:15)
“Está atenta ao andamento da casa, e não come o pão da preguiça”. (PV 31:27)
“...se alguém não quiser trabalhar, não coma também”. (2 Ts 3:10)
“O preguiçoso inventa as desculpas mais esfarrapadas para não trabalhar”. (Pv 22:13)
VI) Não use desculpas ilógicas para não pagar a divida.
1. Quem deve não foge das dividas.
2. Quem deve respeita o credor. A viúva não tirou razão do credor desrespeitando-o.
3. Quem deve busca uma forma de resolver seu problema.
VII) O tripé do sucesso financeiro.
Comprar. (O que tens em casa? Algo que ela tinha comprado.) Primeiro, você precisa saber comprar. No mundo inteiro as pessoas sabem o que é desconto. Quem sabe comprar, é um bom administrador.
Vender. (O pouco foi multiplicado, agora ela precisava negociar bem!) Tudo na vida depende da nossa capacidade de negociação. Ex., recebeu um oferta de 100 reais e com ela fez chocolate e vendeu durante 6 meses, o tempo que demorou para Deus abrir uma porta de trabalho para ele e sua esposa.) Um dos principais segredos do sucesso financeiro está no saber negociar.
Pagar. (Leve a sério os compromissos assumidos.) Deus não pode abençoar:
a. Pessoas desonestas, (Ef 4:28).
b. Pessoas descontroladas, (Gl 5:23)
c. Pessoas irresponsáveis, (Mt 25:18, 26-29).
Conclusão:
A sua vida amanhã, depende de como você administra suas finanças hoje.
“Vivei do resto...” (1 Reis 4:7)

CULTO NA IGREJA O BRASIL PARA CRISTO

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CONFERENCISTA ROBERTO GADRÉT PREGANDO NA IGREJA QUE ELE REUNE

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