terça-feira, 11 de agosto de 2009

Segunda Epístola de Pedro

SEBEMGE - Seminário Batista do Estado de Minas Gerais
Segunda Epístola de Pedro
Prof. Anísio Renato de Andrade

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Autoria

No primeiro versículo, o autor já se apresenta como "Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo." Pouco adiante, Pedro menciona que presenciou o episódio da transfiguração (I Pd.1.16-18; Mt.17.5). No capítulo 3, versículo 1, o autor se refere à primeira epístola.

Data – 64 d.C.

Destinatários – por 3.1 entendemos que os destinatários são os mesmos da sua primeira carta: cristãos dispersos na Ásia Menor. O primeiro versículo do livro parece sugerir que o autor pretendia que seu escrito tivesse um alcance maior: ele se dirige "aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa..."

Temas e Objetivos – Animar os irmãos (cap.1); Denunciar os falsos mestres (cap.2); Falar sobre a segunda vinda de Cristo.

Textos chave – 2.1 e 3.1-4.


ESBOÇO


Caminho 1 - A vida cristã - uma palavra de estímulo – 1.1-21.


Caminho 2 – Os falsos mestres – denúncia - 2.1-22.

3- A segunda vinda de Cristo e o juízo – 3.1-18.


A segunda epístola de Pedro nos fala de dois caminhos. O primeiro, apresentado no capítulo 1, é chamado de "caminho da verdade" (2.2), "caminho direito" (2.15) e "caminho da justiça" (2.21). Embora essas expressões estejam no capítulo 2, é no início da carta que o autor fala sobre o procedimento do cristão. O outro caminho, o dos falsos mestres, é apresentado no capítulo 2 e chamado "caminho de Balaão" (2.15). É interessante notarmos que, ao falar do caminho de Balaão, Pedro não está se referindo àqueles que nunca conheceram o Senhor, mas ele fala de pessoas que foram resgatadas (2.1), mas desviaram-se das veredas da justiça (2.15,20,21,22). O próprio Balaão era um profeta verdadeiro até que, pelo interesse financeiro, desviou-se da verdade.

Em cada um desses caminhos temos: ponto de partida, modo de caminhar e ponto de chegada, conforme fica evidente na epístola.


1 - Caminho 1 - A vida cristã - uma palavra de estímulo – 1.1-21.

O capítulo 1 está falando da trajetória cristã. O ponto de partida está em 1.4: "...havendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo". Trata-se da conversão. Quem se converte não pode achar que já tem tudo o que Deus pode oferecer. A partir do versículo 5, o autor apresenta uma lista de qualidades ou capacidades que devem ser alcançadas pelo cristão. Aquele se converte tem fé. A fé foi alcançada (1.1), mas ela não é um fim em si mesma. Pelo contrário, é o início de uma jornada. Com diligência (ou zelo) (1.5), o cristão deve buscar: virtude (bondade ou bom procedimento), conhecimento, temperança (ou domínio próprio), paciência (ou perseverança), piedade, amor fraternal (fraternidade), amor (ágape).

Essas qualidades são mutuamente dependentes e complementares. Pedro está propondo um plano de crescimento, o qual deve ser o alvo de todo cristão. É desse modo que a natureza divina se desenvolve em nós (1.4).

A fé sem conhecimento pode resultar em fanatismo e heresia. O conhecimento sem fé é intelectualismo ou legalismo. Imaginemos que alguém tem fé, conhecimento, mas não tem amor. Tal pessoa pode ser perigosa, tornando-se um manipulador e até mesmo agressor. Quando Tiago e João quiseram pedir fogo do céu para destruir os samaritanos, eles demonstraram que tinham conhecimento e muita fé, mas nenhum amor ao próximo, nenhuma bondade, nenhuma paciência, nenhum domínio próprio. Felizmente, Jesus impediu aquela tragédia e, mais tarde, aqueles discípulos aprenderam a amar.


No relato de toda essa experiência cristã, Pedro utiliza diversas palavras que podem ser divididas em dois grupos: ações divinas e ações humanas. O início da nossa caminhada se dá pela operação do "divino poder" do Senhor (1.3). A partir daí, o homem tem muito a fazer.



PARTE DIVINA
PARTE HUMANA

Seu poder (1.3)
Empregando diligência (zelo) (1.5)

Seus dons (1.3) - ele nos deu tudo.
Acrescentai bondade, conhecimento, temperança, paciência, piedade, amor fraternal, amor ágape. (1.5)

Sua glória (1.3)
Procurai confirmar vossa vocação e eleição (1.10)

Sua virtude (1.3)


Suas promessas (1.4)


Sua natureza (1.4)


Sua vocação (1.10) – ele nos chamou


Sua eleição (1.10) – ele nos elegeu




Se Pedro estava exortando (1.12-15) os irmãos a fazerem a sua parte no que diz respeito ao crescimento espiritual, é porque eles poderiam, depois de tudo o que Deus fez, ter cruzado os braços e parado no meio da estrada. Nesse caso, o resultado seria: a visão curta ou mesmo a cegueira espiritual, o esquecimento das primeiras experiências com Deus e o tropeço que poderia levar à queda (1.9-10; 3.17).

Os tempos e modos dos verbos encontrados no texto nos ajudam a ver uma trajetória traçada e uma ordem de avanço. Alguns verbos estão no passado, indicando o lugar de onde saímos e aquilo que Deus já fez por nós. Alguns deles, no pretérito perfeito, indicam ações consumadas por Deus. È algo que foi feito e não se vai se repetir. Outros verbos estão no gerúndio e indicam uma ação constante. É presente, mas ainda não foi encerrada. São ações contínuas de Deus a nosso favor e ações contínuas da nossa parte em busca do alvo. Outros verbos estão no futuro e apontam para o resultado desejado. Destacam-se também aqueles que estão no modo imperativo e indicam ordem para que avancemos em nosso caminho com Deus.

PASSADO
PRESENTE CONTÍNUO
IMPERATIVO
FUTURO

Alcançaram fé (1.1)
Nos tem dado promessas (1.4)
Acrescentai (1.5)
Não vos deixarão ociosos (1.8).

Nos deu tudo (1.3)
Empregando diligência (1.5)
Procurai (1.10)
Jamais tropeçareis (1.10)

Nos chamou (1.3)


Vos será concedida entrada no reino (1.11).

Havendo escapado da corrupção (1.4)






Lendo o quadro anterior, cada coluna, da esquerda para a direita, percebemos a idéia de movimento, de progresso com o passar do tempo.

No caminho da vida cristã, o modo de caminhar se define por alcançar, praticar e manter as qualidades e capacidades já mencionadas. Esse deve ser o nosso modo de vida (3.11).

O ponto de chegada ou objetivo a ser alcançado pode ser compreendido através das expressões: "para que por elas vos torneis participantes da natureza divina" (1.4), ".. não vos deixarão ociosos nem infrutíferos" (1.8) e "vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (1.11).


2 - Caminho 2 – Os falsos mestres – denúncia - 2.1-22.

No capítulo 2, o autor muda para um assunto extremamente oposto ao que estava sendo tratado até então. Seu conteúdo é muito semelhante à epístola de Judas.

Enquanto que no capítulo 1, Pedro falava a respeito dos cristãos fiéis, agora ele passa a se referir aos falsos mestres, seu caráter, suas obras e o conseqüente castigo. Esses são os que andam pelo "caminho de Balaão" (2.15). Sabendo de sua morte iminente (1.14), o autor está preocupado com aqueles que talvez o sucederão e aos demais apóstolos na liderança da igreja.


Os falsos mestres:


Foram resgatados mas desviaram-se (2.1,15,19,20,21,22).


Contudo, continuam dentro das igrejas (2.1,13).


Estão na liderança (2.2 – muitos os estão seguindo).


Seu interesse primordial é o dinheiro. Assim como Balaão (2.3,14,15).


São comparados aos anjos caídos, aos contemporâneos de Noé e aos habitantes de Sodoma e Gomorra (2.4,5,6).

O ponto de partida desse caminho é o mesmo daqueles mencionados no primeiro capítulo. Já que foram resgatados (2.1), o lugar de onde saíram está identificado como as "contaminações do mundo", de onde escaparam mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo (2.20). Contudo, desviaram-se da rota traçada pelo Senhor (2.15), sendo envolvidos e vencidos pelo mundo, terminando por se afastarem do santo mandamento de Deus (2.20-21).

O seu modo de caminhar é identificado através de seu comportamento. O texto apresenta verbos e adjetivos que nos fazem compreender o caráter desses homens:

- Falsos, dissimulados, hereges, destruidores, negam a Cristo, libertinos, avarentos, mentirosos, fazem comércio de vidas, são carnais, seguem paixões imundas, são rebeldes, atrevidos, obstinados, como animais irracionais, blasfemos, injustos, luxuriosos, enganadores, adúlteros, insaciáveis, malditos, vaidosos, arrogantes, inconstantes, escravos da corrupção (2.1,2,3,10,12,13,14,18,19; 3.3). Tais palavras variam um pouco de uma versão bíblica para outra.

- Apesar de todo esse conteúdo maligno, tais homens apresentam uma aparência positiva. Afinal, são líderes, são mestres, e prometem liberdade aos seus seguidores (2.1,2,19). São fontes... sem água. São nuvens .... também sem água (II Pd.2.17; Jd.12). O aspecto é promissor mas não produzem nada de positivo.

Dentre tantas características apresentadas, percebemos que se destacam as atitudes desses falsos mestres em relação à autoridade, ao dinheiro e ao sexo. Eles são rebeldes, avarentos e adúlteros, entre outros adjetivos a estes relacionados.

O ponto de chegada desse caminho está demonstrado pelas expressões:


"... a sentença..." (2.3).


"... a perdição..." (2.3).


"... inferno..." (2.4).


"... cadeias da escuridão..." (2.4).


"... juízo.." (2.4).


"... destruição..." (2.6).


"... o dia do juízo, para serem castigados." (2.9).


"... a negridão das trevas" (2.17).


"... o último estado pior do que o primeiro" (2.20).


"... juízo e destruição..." (3.7).


3 - A segunda vinda de Cristo e o juízo – 3.1-18.

Pedro encerra sua obra com um capítulo escatológico. Após ter falado sobre dois caminhos, dois tipos de vida, o apóstolo fala sobre a segunda vinda de Cristo (3.4) e, novamente, trás à tona o tema do juízo, comparado ao dilúvio dos dias de Noé (3.7). Está em destaque a aparente demora da "parousia".

Pedro adverte que o tempo de Deus é diferente do nosso. "Um dia para Deus é como mil anos e mil anos como um dia". (3.8).

Sobre a segunda vinda precisamos de duas atitudes: fé e paciência. A aparente demora de Deus é manifestação da sua misericórdia. Ele está dando tempo para muitos ainda se arrependam e se convertam (3.9).

Enquanto que o dilúvio foi a destruição dos ímpios e suas obras através da água, Pedro nos diz que o fim desta nossa era se dará por meio de um "dilúvio de fogo". O apóstolo "desenha" um cenário "apocalíptico" iluminado pelas chamas da ira divina. O fogo abrasará (3.10,12), destruirá (3.7) e fará derreter (3.12). Serão atingidos: os céus (3.7,10,12), a terra (3.7,10) e todas as coisas que nela há (3.10-11). Semelhantemente ao texto de Apocalipse 21.1, Pedro também fala de novos céus e nova terra (II Pd.3.13; Is.65.17).





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Em caso de utilização impressa do presente material, favor mencionar o nome do autor:
Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.

Para esclarecimento de dúvidas em relação ao conteúdo, encaminhe mensagem para anisiora@mg.trt.gov.br

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BIBLIOGRAFIA
SÁNCHEZ, Tomás Parra, Os Tempos de Jesus - Ed. Paulinas.
GONZÁLEZ, Justo L., Uma História Ilustrada do Cristianismo - Volume 1 - Ed. Vida Nova.
PACKER, J.I., TENNEY, Merril C., WHITE JR., William, O Mundo do Novo Testamento - Ed. Vida.
TURNER, Donald D., Introdução do Novo Testamento - Imprensa Batista Regular.
CULLMANN, Oscar, A Formação do Novo Testamento - Ed. Sinodal.
GIBERT, Pierre, Como a Bíblia Foi Escrita - Ed. Paulinas.
ELWELL, Walter A. , Manual Bíblico do Estudante - CPAD.
HOUSE, H. Wayne, O Novo Testamento em Quadros - Ed. Vida
JOSEFO, Flávio, A História dos Judeus - CPAD
DOUGLAS, J.D., O Novo Dicionário da Bíblia – Ed. Vida Nova
Bíblia de Referência Thompson - Tradução de João Ferreira de Almeida - Versão Contemporânea - Ed. Vida

Primeira Epístola de João

SEBEMGE - Seminário Batista do Estado de Minas Gerais
Primeira Epístola de João
Prof. Anísio Renato de Andrade

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AUTORIA – João, o apóstolo. Seu nome não é mencionado em suas três epístolas. Não obstante, sua autoria foi confirmada por Policarpo, Papias, Eusébio, Irineu, Clemente de Alexandria e Tertuliano. O nome "João" significa "graça de Deus". Era judeu, pescador (Mt.4.21), irmão de Tiago, filho de Zebedeu e Salomé (Compare Mt.27.56 e Mc.15.40). Foi chamado de discípulo amado – Jo.13.23; 19.26; 21.20. Foi o discípulo mais íntimo do Mestre. Até no momento da crucificação, João estava presente. Isso mostra sua disposição de correr risco de vida para ficar ao lado de Jesus. Apesar de ter fugido no momento da prisão de Cristo, João voltou pouco tempo depois.

Jesus chamou João e Tiago de boanerges, "filhos do trovão", referindo-se ao seu temperamento indócil, tempestuoso, violento (Mc.3.17; Mc.9.38; Lc.9.54).

São várias as citações a respeito de João nos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Seu nome é omitido no seu evangelho (João 20.2; 19.26; 13.23; 21.2). Encontram-se referências ao apóstolo também em At.4.13; 5.33,40; 8.14; Gl.2.9; 2 Jo.1; 3 Jo.1; Apc.1.1,4,9. Na segunda e na terceira epístola, ele se apresenta como "o presbítero". Podendo se apresentar como apóstolo, demonstrou humildade ao utilizar título mais simples. Em Apocalipse, apresenta-se como "servo".

Após o exercício do seu ministério em Jerusalém, João foi pastor em Éfeso, onde morreu entre os anos 95 e 100. Policrates (ano 190), bispo de Éfeso, escreveu: "João, que se reclinara no seio do Senhor, depois de haver sido uma testemunha e um mestre, dormiu em Éfeso."

Palavras chave: Conhecimento (ou saber) , amor e comunhão.

Data de escrita da primeira epístola – Final do primeiro século, entre os anos 95 e 100.

Local de origem – Éfeso

Destinatários – Por não conter saudações, despedidas ou menção de nomes, tem-se considerado que a carta foi destinada à igreja em geral. O apóstolo trata carinhosamente os destinatários como "meus filhinhos" (2.1,18,28; 3.7,18; 4.4; 5.21) e "amados" (3.2,21; 4.1,7,11). Isso parece indicar que, embora não tenha vinculado a epístola a uma comunidade específica, o autor tem em mente pessoas conhecidas, as quais seriam as primeiras a receberem aquela mensagem.


CARACTERÍSTICAS

A carta apresenta denúncia contra os falsos e incentivo aos verdadeiros cristãos. O autor é incisivo, direto, totalmente convicto. Sua afirmações são muito fortes no sentido de apontar o erro e a verdade.

O propósito da carta está bem definido com também vimos no evangelho (João 20.31). A epístola foi escrita:

1 - "Para que a nossa alegria seja completa" - 1.4

2 - "Para que não pequeis" - 2.1.

3 - Para advertir contra os enganadores - 2.26.

4 - "Para que saibais que tendes a vida eterna" - 5.13.

Entendemos que o autor estava bastante preocupado com a igreja, em seu estado presente e futuro. Os demais apóstolos já haviam morrido e falsos mestres apareciam por toda parte. Alertando os irmãos, o apóstolo ficaria mais tranqüilo e sua alegria seria completa (1.4). Seu alerta é contra o pecado (2.1) e contra as heresias (2.26). São duas portas para o diabo entrar nas vidas e nas igrejas. Embora as duas coisas estejam intrinsicamente ligadas, as heresias apresentam um elemento muito perigoso. Todo tipo de pecado deve ser evitado, mas se, eventualmente, cometermos algum, confessaremos e seremos perdoados (1.7,9; 2.1). A heresia entretanto, constitui-se num caminho de afastamento de Deus. A heresia, do tipo mencionado por João, leva à apostasia. Então, tem-se uma situação muito perniciosa em que a pessoa está errada mas pensa que está certa. Trata-se de um estado de pecado sem reconhecimento, sem confissão, sem arrependimento e, consequentemente, sem perdão. Aquele que passa a crer numa doutrina contrária à cruz, como pode ser perdoado? Não é que Deus se recuse a perdoá-lo, mas a própria pessoa não acredita na única solução divina, que é o sacrifício de Cristo. A reversão desse quadro é possível, mas muito difícil. O melhor é a prevenção contra as heresias e isso se faz através do conhecimento e apego à Palavra de Deus.


CENÁRIO OBSERVADO POR JOÃO

A situação da igreja inspirava cuidados. Notamos isso pelo que se lê nas cartas às sete igreja da Ásia (Apc.2 e 3). As heresias grassavam em muitas comunidades. Em Apocalipse, livro escrito na mesma época, João menciona as expressões "sinagoga de Satanás" (Ap.2.9), "nicolaítas" (Ap2.6,15), "doutrina de Balaão"(Ap.2.14), etc.

O gnosticismo, sistema que mistura idéias filosóficas, crenças judaicas e cristãs, era uma das principais fontes de heresias da época. Assim, muitos cristãos se tornaram gnósticos. Criam em Jesus mas negavam a realidade de sua encarnação e morte. O fato de se denominarem cristãos criava uma situação confusa. Quem eram os verdadeiros cristãos? Os que criam de uma forma ou os que criam de outra?

João observou a necessidade de identificação, discernimento, definição e posicionamento. Observemos as perguntas-chave que autor apresenta:

1 – "Quem é o mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?" (I Jo.2.22).

2 – "Quem é o que vence o mundo senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?" (I Jo.5.5).

O autor se mostra bastante interessado em mostrar "QUEM É O QUÊ". São usados pronomes demonstrativos e indefinidos para apresentar especificações bem definidas que permitem identificar os indivíduos em relação a Cristo. João usa repetidamente a fórmula: "Quem não faz isso não é aquilo". ou "Quem faz tal coisa é outra coisa".

Aquele - 2.6,11,17,22,23,26,29; 3.4,6,17; 5.1,5,16,18 (Veja também II João 1.9).

Alguém – 2.1,15,27; 4.20; 5.16.

Quem – 4.7,8,9,10.

O mentiroso e o verdadeiro precisam ser identificados. Essa é a missão de João em sua primeira epístola. O autor ajuda a identificar os personagens do cenário e a situação dos próprios leitores no contexto da verdade e da mentira. O exemplo clássico utilizado é o de Caim e Abel (I Jo.3.11-12), representando dois grupos de pessoas que estavam dentro da igreja. O autor identifica quem está em comunhão com Deus e quem não está. No quadro a seguir, listamos diversas expressões da epístola através das quais se traça uma linha divisória entre os dois grupos. Vamos chamá-los, alegoricamente, de "grupo de Abel" e "grupo de Caim".



"Grupo de Abel"
"Grupo de Caim"

Vida (1.1,2; 2.16,25; 3.14,15,16; 5.11,12,13,16,20)
Morte (3.14; 5.16-17)

Verdade – 1.6,8; 2.4,5,8,21,27; 3.18,19; 4.6; 5.7,20.
Mentira – 1.6,10; 2.4,21,22,27; 4.20; 5.10

Erro – 4.6 Engano - 1.8; 2.26; 3.7

Verdadeiro (2.8,27; 5.20)
Falso ou mentiroso (2.22)

Espírito da verdade (4.6)
espírito do erro (4.6)

Cristo (1.3, etc)
Anticristo (2.18,22)

Amor ao irmão (2.10)
Amor ao mundo (2.15)

Sofre ódio do mundo (3.13)
Ódio ao irmão (2.11; 3.15)

Luz - 1.5,7; 2.8,9, 10.
Trevas – 1.5,6; 2.8,9,11.


É possível passar de um lado para o outro. Esse trânsito pode ser chamado conversão ou, no sentido contrário, apostasia. João disse que "passamos da morte para a vida." (3.14). E o seu cuidado era para que não acontecesse o processo contrário com alguns irmãos que, envolvidos pela heresia, pudessem passar da verdade para a mentira.





IDENTIFICANDO A DOUTRINA, O MESTRE E O ESPÍRITO


A heresia é uma doutrina errada, mas isso pode não estar tão claro no início. O que chega até nós é simplesmente uma doutrina. Esta deve ser então identificada. Por meio dos parâmetros encontrados na epístola, o autor identifica a doutrina, o mestre e o espírito que está por trás (2.22-23, 4.1-6). As chaves identificadoras são:


Relação com Cristo (2.22-23);


Relação com os irmãos. (3.10,17).


Relação com o mundo (2.15).

Estes são os "instrumentos" que nos farão identificar a verdade e a mentira. Tais indicadores são complementares entre si. Se alguém negar que Cristo é o Filho de Deus, estará reprovado. Não está na verdade. Se alguém afirma que Cristo é o Filho de Deus mas nega sua encarnação e morte, estará reprovado. Se alguém diz ter uma fé correta a respeito de Cristo, então o próximo teste é a relação com os irmãos. Se a pessoa odeia os irmãos ou lhes nega auxílio nas necessidades, então estará reprovada. Se a pessoa ama o mundo, anda segundo o mundo, vive de modo agradável ao mundo, pecando habitualmente, então está do lado da mentira. A relações com os irmãos e com o mundo constituem evidências visíveis do tipo de relação que temos com Cristo, uma vez que esse vínculo é espiritual e invisível.

O objetivo dessas colocações não é sairmos julgando as pessoas dentro da igreja. Em primeiro lugar, cada um deve julgar e purificar a si mesmo (I Jo.3.3; 5.10; I Cor.11.28,31; II Cor.13.5; II Jo.1.8). Depois, é preciso que saibamos julgar as profecias e as doutrinas que recebemos (I Cor.14.29; I Tess.5.20-21; I Cor.10.15). Se uma doutrina é contrária a Cristo, contrária à comunhão dos irmãos ou favorável ao mundanismo, então deverá ser rejeitada. Finalmente, a vida de um mestre deverá ser avaliada para que se decida sobre a sua doutrina. "Pelos seus frutos os conhecereis." (Mt.7.15-16). Muitos irmãos podem apresentar uma série de erros e até mesmo pecados por uma questão de imaturidade, fraqueza, ignorância, etc. Não devem ser alvos de julgamentos mas de orientação. O objetivo de João era alertar contra aqueles que se colocavam como mestres da igreja.



ESTAR E PERMANECER - POSIÇÃO E PERSEVERANÇA


No cenário da verdade e da mentira precisamos nos localizar. Onde estamos? João usa diversas vezes o verbo "estar". Em algumas delas, ele se preocupa em "localizar" espiritualmente as pessoas. Se guardamos a palavra e amamos os irmãos, isso indica que "estamos" em Cristo. Quem não ama seu irmão, "está" nas trevas. Finalizando, o autor diz que "estamos" em Cristo, que é o verdadeiro Deus. (I Jo.2.5,6,9; 5.20).

Podemos ter nossa posição muito bem definida. Entretanto, vamos mantê-la? Um outro verbo muito importante para João é "permanecer". Lembre-se do capítulo 15 do evangelho de João: "Permanecei em mim e eu permanecerei em vós". "Se alguém permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto." "Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora." "Se vós permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós pedireis o que quiserdes e vos será feito." "Permanecei no meu amor...", etc.

Na primeira epístola, a ênfase continua nos seguintes textos: 2.10,14,17,19,24,27,28; 3.6,9,14,15,17,24; 4.12,13,15,16. Em todos esses versículos aparece o verbo "permanecer". Isso demonstra a preocupação do autor com a perseverança dos irmãos no caminho da verdade. (Veja também II João 1.2,9).



COMBATE AO GNOSTICISMO


João se mostrou bastante combativo em relação ao gnosticismo. Esta palavra vem do termo grego "gnosis" que significa "conhecimento". Os gnósticos criam e ensinavam que a salvação da alma dependia do conhecimento de alguns mistérios só revelados aos que participavam de seus rituais de iniciação. O apóstolo usou então a mesma palavra, "conhecimento", para combater as heresias gnósticas. Tanto no evangelho como na primeira epístola, ele mostrou o que realmente importa conhecer: A verdade, que é o próprio Cristo e o amor, que é o próprio Deus.

O conhecimento sem amor pode causar tragédias. A bomba atômica é um exemplo clássico.

O verbo "conhecer" aparece nos seguintes versículos: I Jo. 2.3,13,14,18,20; 3.1,6,16,19,20,24; 4.2,6,7,8,13,16; 5.2.20. (II João 1.1).

A carta destaca também a palavra "luz", que também é um símbolo do conhecimento: 1.5,7; 2.8,9, 10.

Outro verbo similar é o "saber". Essa palavra tem um sentido muito forte, pois não admite dúvida, insegurança, medo nem ignorância. O comentário da Bíblia Thompson chama a primeira epístola de João de "a carta das certezas". O autor usa o verbo "saber" de uma forma bastante clara e determinada. (I Jo.2.3,5,11,21,29; 3.2,5,14,15; 5.15). Ele diz: "Sabemos que somos de Deus." Não estamos perdidos nem confusos. SABEMOS quem somos, onde estamos e para onde vamos.

O gnosticismo afirmava que o mal residia na matéria. Portanto, negavam que Deus pudesse se encarnar. Em relação a Cristo, João escreveu: "nós ouvimos, vimos, contemplamos, nossas mãos tocaram..." (I Jo.1.1-3). Ou seja, o apóstolo estava afirmando insistentemente que o corpo de Cristo era matéria, pois poderia ser tocado, como de fato o foi. Não se tratava de um espírito, uma aparição, como os gnósticos afirmavam. (I Jo.4.2; 5.6)

OUTRAS PALAVRAS, EXPRESSÕES E CONCEITOS EM DESTAQUE


VIDA - 1.1,2; 2.16,25; 3.14,15,16; 5.11,12,13,16,20

Vida de Deus para nós por meio de Cristo.

MUNDO - nosso posicionamento: não amamos o mundo; somos odiados por ele; haveremos de vencê-lo (I Jo.2.2,15,16,17; 3.1,13,17; 4.1,3,4,5,9,14,17; 5.4,5,19).

VERDADEIRO - Mandamento – 2.8. Luz – 2.8. Unção – 2.27. Jesus – 5.20. Deus – 5.20.

AMOR ( e verbo amar) 2.5,10,12,15; 3.1,10,14,16 (x Jo.3.16). 3.17,18,23; 4.7,8,9,10,11,12,16,17,18,19,20,21; 5.1,2,3. (Obs. II Jo.1,3,6 III Jo.1,6,7 Apc.2.3,4,19; 3.9,19). São da autoria de João alguns dos mais famosos versículos bíblicos sobre o amor: "Deus é amor" e "Porque Deus amou o mundo de tal maneira..."

Na primeira epístola, o autor usa o verbo amar em diversas conjugações: ama, ameis, amamos, amemo-nos, amado, amados, amou, amar-nos, amo, amar, ame, amemos.

O amor vem de Deus, através de Jesus. "Ele nos amou primeiro". Daí em diante, o amor deve ter livre curso em direção aos irmãos, mas não em direção ao mundo. O amor deve "circular como sangue" no Corpo de Cristo, que é a igreja.


COMUNHÃO - 1.3,6,7.

MANDAMENTO(s) - 2.3,4,7,8; 3.22,23,24; 4.21; 5.2,3.

O QUE SE DIZ E O QUE SE É - 1.6,8,10; 2.4,6,9; 4.20;

MANDAMENTOS NEGATIVOS

NÃO AMEIS o mundo - 2.15.

NÃO CREIAIS a todo espírito – 4.1.

O amor e a fé só são positivos quando bem direcionados.







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Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.

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BIBLIOGRAFIA
SÁNCHEZ, Tomás Parra, Os Tempos de Jesus - Ed. Paulinas.
GONZÁLEZ, Justo L., Uma História Ilustrada do Cristianismo - Volume 1 - Ed. Vida Nova.
PACKER, J.I., TENNEY, Merril C., WHITE JR., William, O Mundo do Novo Testamento - Ed. Vida.
TURNER, Donald D., Introdução do Novo Testamento - Imprensa Batista Regular.
CULLMANN, Oscar, A Formação do Novo Testamento - Ed. Sinodal.
GIBERT, Pierre, Como a Bíblia Foi Escrita - Ed. Paulinas.
ELWELL, Walter A. , Manual Bíblico do Estudante - CPAD.
HOUSE, H. Wayne, O Novo Testamento em Quadros - Ed. Vida
JOSEFO, Flávio, A História dos Judeus - CPAD
DOUGLAS, J.D., O Novo Dicionário da Bíblia – Ed. Vida Nova
Bíblia de Referência Thompson - Tradução de João Ferreira de Almeida - Versão Contemporânea - Ed. Vida

Segunda Epístola de João

SEBEMGE - Seminário Batista do Estado de Minas Gerais
Segunda Epístola de João
Prof. Anísio Renato de Andrade

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Autor: Apóstolo João

Data: entre 90 e 95 d.C.

Propósito: Alertar contra os enganadores; combater a mentira.

Palavra-chave: verdade.

ESBOÇO

1 – Saudações – 1-3.

2 – O caminho da verdade e do amor – 4-6.

3 – Os enganadores e como tratá-los – 7-11.

4 – Saudações – 12-13.

O autor não menciona seu próprio nome. Apresenta-se como "presbítero", que significa "ancião", conforme já consta em algumas versões bíblicas. Os anciãos, desde os tempos do Velho Testamento, eram os homens mais velhos, mais experientes, e, por conseqüência, líderes do povo (Êx.3.16,18; 4.29; 12.21 etc.). Ao escrever seu evangelho e epístolas, o apóstolo João já era idoso.

Estando já familiarizados com os escritos do apóstolo, logo reconhecemos sinais de sua autoria na segunda epístola. Por exemplo, a ênfase sobre os temas: "verdade", "amor", "mandamento", "permanecer", e o combate às falsas doutrinas. Tudo isso constitui marca de João em seu evangelho, na primeira epístola, e também na segunda. Afinal, dos 13 versos da segunda epístola, 8 se encontram quase idênticos na primeira.


Destinatária – A segunda epístola é dirigida a uma senhora e seus filhos. Tal mulher não é identificada pelas escrituras. Há quem defenda a tese de que a "senhora eleita" seja Maria, irmã de Marta, a qual estaria mencionada no versículo 13. Há quem tome o termo "senhora" em grego, kuria (kuria), considerando-o como nome próprio. Outras hipóteses sugerem que João estivesse chamando de "senhora eleita" a uma igreja específica ou à igreja em geral. Nada disso se comprova. Seguindo a mais rigorosa interpretação, não podemos afirmar qual tenha sido essa mulher. Apenas entendemos tratar-se de uma senhora que, provavelmente era viúva. Caso tivesse marido, não seria natural que o apóstolo lhe dirigisse diretamente uma carta. O texto parece indicar que em sua casa aconteciam reuniões da igreja (vs.10). De qualquer forma, trata-se de uma mulher amada e respeitada por todos os irmãos que a conheciam (vs.1).

Tema – todas as epístolas de João foram escritas na mesma época. Nota-se na segunda, que os assuntos da primeira ainda persistem na mente no apóstolo. Ele ainda se mostra combativo em relação aos enganadores. Seu esforço é a favor da verdadeira doutrina de Cristo.

NOSSA RELAÇÃO COM A DOUTRINA DE CRISTO



Cristo veio e nos deu sua doutrina, seu mandamento, que consiste no amor a Deus e ao próximo. O amor determina nosso vínculo com Deus e com os irmãos. Já recebemos a sua doutrina. A questão agora é: vamos andar nesse mandamento? O verbo "andar" é muito utilizado por João e também por Paulo, indicando nosso modo de vida, nossas decisões, nossos rumos, nossas ações. Se praticamos a vontade de Deus, então estamos andando em espírito (Gál. 5.16), andando com Deus (Gn.5.22,24), no caminho que é Cristo (Jo.14.6). Contudo, de nada adianta estarmos no caminho por algum tempo se sairmos dele antes de chegarmos ao lugar onde ele nos levaria. Portanto, precisamos permanecer no caminho, por mais difícil que isso possa ser. Aos que permanecerem, Deus dará a devida recompensa.

Os enganadores ameaçam o êxito desse processo (vs.7 a 10). Isso ocorre com aqueles que abandonam o caminho da verdade e do amor, não permanecendo na doutrina de Cristo (vs.9). Os que se desviam perdem a recompensa, perdem o fruto do seu trabalho e fazem perder-se o fruto do trabalho daqueles que os conduziram a Cristo (vs.8). João disse que alguns "vão além" da doutrina. Esta é uma forma sutil da heresia:


Exigir mais do que o que Deus exigiu.


Esperar mais do que o que Deus prometeu.

Precisamos ser cuidadosos no sentido de não criarmos doutrinas extra-bíblicas, como se a palavra de Deus precisasse de complemento. Os que lideram precisam estar atentos em relação ao que exigem de seus liderados. Estaremos indo além da palavra de Deus? Vemos em Gênesis que, ao repetir o mandamento divino, Eva lhe acrescentou as palavras: "nem nele tocareis" (Gn.3.3). Paulo profetizou que nos últimos dias, surgiriam doutrinas de demônios, proibindo o casamento e determinando a abstinência de manjares que Deus criou para os fiéis (I Tm.4.1-3).

A bíblia fala em dízimo, que significa 10%. Se alguém quiser dar 100%, fique à vontade. Será uma oferta voluntária. Entretanto, se algum líder exigir 100%, estará indo além, muito além, da doutrina bíblica.

Esperar mais do que aquilo que Deus prometeu pode ser uma atitude inofensiva ou não, dependendo da situação. Se alguém espera que Deus lhe dê uma casa na praia, isso não é pecado. Contudo, não sabemos se Deus fará isso. Pode ser que sim e pode ser que não, uma vez que a bíblia nunca nos prometeu esse tipo de coisa. Então, se Deus não der, qual será a reação daquele que pediu e esperou? O problema se agrava quando esse tipo de expectativa é alimentada por formas doutrinárias, como as que temos ouvido hoje em dia, e que estão destituídas de fundamento bíblico. Esta é uma das formas de "ir além" da doutrina de Cristo. A palavra do Senhor nos ensina que ele atende aos nossos pedidos desde que estejam coerentes com a sua vontade (I Jo.5.14; Tg.4.3).

A doutrina gnóstica, tão influente nos dias de João, negava a humanidade de Cristo, atribuindo-lhe apenas caráter espiritual. Era então um ensinamento espiritualista, o que, aparentemente, demonstrava elevação, desapego em relação à matéria. Estavam indo muito além da espiritualidade bíblica, a qual não nos nega o provimento às nossas legítimas necessidades físicas (I Tm.4.1-3; Col.2.16-23). O cristianismo mostra o espiritual se encontrando com a matéria. "O verbo se fez carne e habitou entre nós" (João 1.14). E este era o principal ponto negado pelos enganadores a quem João combatia (II João 7). O próprio batismo e a ceia do Senhor fazem com que os nossos corpos participem das nossas experiências com Deus. Palavras de João: "vimos com os nossos olhos... e as nossas mãos tocaram..." (I João 1.1). Era uma experiência física com o verbo encarnado.

Uma espiritualidade exagerada, que vai além dos parâmetros bíblicos, é algo que deve ser questionado. Como exemplos podemos mencionar certas abstinências alimentares ou o celibato. Tudo isso pode ser praticado, desde que seja voluntário. Se for doutrina, será humana.

Sobre os enganadores, aqueles que não trazem a doutrina de Cristo, João diz: "Não os recebais em casa nem tampouco os saudeis." Está estabelecido o limite para a hospitalidade cristã, tão valorizada pelos escritores do Novo Testamento. Não devemos ser tão bons ao ponto de acolher os lobos que vêm para ameaçar nossa firmeza na fé. O apóstolo não está nos aconselhando a sermos rigorosos contra os fracos na fé, mas sim contra aqueles que nos procuram com o objetivo de corromper a doutrina que recebemos do Senhor. Não trate bem uma serpente. Ela te matará na primeira oportunidade.

Deduzimos que a "senhora eleita" era uma viúva. Seria mais um motivo para que ela ficasse atenta em relação àqueles que desejassem entrar em sua casa. Muitos exploradores, disfarçados de mensageiros de Deus, "devoravam as casas das viúvas" (Mt.23.14; II Tm.3.6).

PALAVRAS EM DESTAQUE

Verdade – II João 1,2,3,4.

Mandamento – II João 4,5,6.

Amor – II João 3,6 Ensino (doutrina) – II João 9,10.

Permanecer – II João 2,9. Anticristo – II João 7.





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Em caso de utilização impressa do presente material, favor mencionar o nome do autor:
Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.

Para esclarecimento de dúvidas em relação ao conteúdo, encaminhe mensagem para anisiora@mg.trt.gov.br

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BIBLIOGRAFIA
SÁNCHEZ, Tomás Parra, Os Tempos de Jesus - Ed. Paulinas.
GONZÁLEZ, Justo L., Uma História Ilustrada do Cristianismo - Volume 1 - Ed. Vida Nova.
PACKER, J.I., TENNEY, Merril C., WHITE JR., William, O Mundo do Novo Testamento - Ed. Vida.
TURNER, Donald D., Introdução do Novo Testamento - Imprensa Batista Regular.
CULLMANN, Oscar, A Formação do Novo Testamento - Ed. Sinodal.
GIBERT, Pierre, Como a Bíblia Foi Escrita - Ed. Paulinas.
ELWELL, Walter A. , Manual Bíblico do Estudante - CPAD.
HOUSE, H. Wayne, O Novo Testamento em Quadros - Ed. Vida
JOSEFO, Flávio, A História dos Judeus - CPAD
DOUGLAS, J.D., O Novo Dicionário da Bíblia – Ed. Vida Nova
Bíblia de Referência Thompson - Tradução de João Ferreira de Almeida - Versão Contemporânea - Ed. Vida

Terceira Epístola de João

SEBEMGE - Seminário Batista do Estado de Minas Gerais
Terceira Epístola de João
Prof. Anísio Renato de Andrade

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Autor: Apóstolo João

Data: entre 90 e 95 d.C.

Tema: Caráter cristão.

Palavra-chave: verdade.

ESBOÇO

1 – Saudações – 1-4.

2 – O bom exemplo de Gaio - 5-8.

3 – Diótrefes - o ambicioso - 9 - 11.

4 - Demétrio - o cristão fiel - 12.

4 – Considerações finais e saudações – 13-15.


A epístola em estudo é de autoria do apóstolo João. Para confirmação compare os versículos:


III João 1
II João 1

III João 13-14
II João 12

III João 11
II João 9



A terceira epístola de João é uma correspondência particular dirigida a um irmão chamado Gaio. Este nome era bastante comum naquela época. Temos sua ocorrência em At.19.29, At.20.4, Rm.16.23, I Cor.1.14, além de III João. Contudo, tais passagens não se referem sempre à mesma pessoa.

Não temos muitas informações sobre Gaio, a quem João escreve. Entendemos que ele não era o líder de sua igreja local. O versículo 9 indica que o líder é outro.


A QUESTÃO DA PROSPERIDADE

O verso 2 diz: "Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai à tua alma." Este talvez seja o versículo mais conhecido dessa pequena carta, o qual é muitas vezes utilizado como apoio para a doutrina da prosperidade. Devemos observar que a única certeza do texto está relacionada à alma do destinatário, ou seja, seu bom estado interior. No mais, o verso expressa apenas o desejo de João no sentido de que Gaio tivesse boa saúde e fosse próspero em todas as coisas. Não temos ali uma promessa nem uma doutrina sobre prosperidade material. Tal êxito depende do propósito de Deus para cada pessoa.

Gostaríamos de ser bem sucedidos em tudo e em todo o tempo. Porém, essa trajetória certamente será muitas vezes interrompida por tribulações, as quais fazem parte da nossa experiência cristã.



ANDAR NA VERDADE (vs.3-4).

Tal expressão, tão importante para João, significa praticar, viver de acordo com a verdade. O verbo andar foi também muito utilizado pelo apóstolo Paulo em seus ensinamentos sobre a vida cristã (Gál. 5.16,25; Ef.4.1; 5.15; etc.). Trata-se do "procedimento" mencionado no verso 5.


PROCEDIMENTO, TESTEMUNHO E EXEMPLO (vs.3,4,6,10,12)

A palavra testemunho tem destaque em todos os escritos de João, desde o evangelho até o Apocalipse. Como cristãos, damos testemunho a respeito do Senhor Jesus, e isso vai gerar um outro testemunho que será dado a nosso próprio respeito. O procedimento será observado e produzirá um testemunho positivo ou negativo.

João se alegrou pelo testemunho dado pelos irmãos a respeito de Gaio. Contudo, os estranhos também dão testemunho. Nesse contexto, os "estranhos" são irmãos vindos de outros lugares. No verso 12, todos dão testemunho, inclusive o próprio apóstolo e a própria verdade. Parece que a verdade, nesse contexto, está relacionada à doutrina, a qual serviria como parâmetro para confirmar determinado testemunho.

Vemos portanto, que as nossas obras geram testemunhos a nosso respeito e essas mensagens circulam rapidamente e estruturam ou derrubam nossa reputação.

A epístola destaca o procedimento de Gaio, Diótrefes e Demétrio. Daí surgiram testemunhos positivos e negativos, fazendo com que essas pessoas se tornassem bons ou maus exemplos, a serem imitados ou evitados.

Gaio e Demétrio são apresentados como cristãos fiéis (vs.3-6,12). Diótrefes é visto como ambicioso. Estava na liderança, mas João não o reconhece como tal. O apóstolo diz que Diótrefes "gosta de ter entre eles a primazia." (v.10). Ele gostava de ser líder, contudo não era vocacionado para aquele trabalho. Seu caráter se manifesta por suas palavras e ações:

- Profere palavras maliciosas.

- Não recebe o apóstolo João na igreja. É rebelde contra as autoridades espirituais.

- Proíbe que os irmãos o recebam.

- Exclui da igreja quem o faz. (v.10).

Gaio, que já andava na verdade, deveria se inspirar nos bons exemplos (v.11).





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Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.

Para esclarecimento de dúvidas em relação ao conteúdo, encaminhe mensagem para anisiora@mg.trt.gov.br

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BIBLIOGRAFIA
SÁNCHEZ, Tomás Parra, Os Tempos de Jesus - Ed. Paulinas.
GONZÁLEZ, Justo L., Uma História Ilustrada do Cristianismo - Volume 1 - Ed. Vida Nova.
PACKER, J.I., TENNEY, Merril C., WHITE JR., William, O Mundo do Novo Testamento - Ed. Vida.
TURNER, Donald D., Introdução do Novo Testamento - Imprensa Batista Regular.
CULLMANN, Oscar, A Formação do Novo Testamento - Ed. Sinodal.
GIBERT, Pierre, Como a Bíblia Foi Escrita - Ed. Paulinas.
ELWELL, Walter A. , Manual Bíblico do Estudante - CPAD.
HOUSE, H. Wayne, O Novo Testamento em Quadros - Ed. Vida
JOSEFO, Flávio, A História dos Judeus - CPAD
DOUGLAS, J.D., O Novo Dicionário da Bíblia – Ed. Vida Nova
Apostila do SEBEMGE – Pastor Delmo Gonçalves
Bíblia de Referência Thompson - Tradução de João Ferreira de Almeida - Versão Contemporânea - Ed. Vida

Epístola de Judas

SEBEMGE - Seminário Batista do Estado de Minas Gerais
Epístola de Judas
Prof. Anísio Renato de Andrade

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Autor: Judas, irmão de Jesus.

Data: entre 64 e 70 d.C.

Tema: Defesa da fé cristã.

Palavra-chave: guardar.

Texto chave - 3,4.

ESBOÇO

1 – Saudações – 1-2.

2 – Defesa da fé cristã - 3-4.

3 – Os deturpadores do evangelho - 5-16.

4 - Instruções práticas - 17-23.

4 – Doxologia - 24-25.


GUARDADOS EM CRISTO JESUS (v.1).


Estar em Cristo, expressão importante na teologia de Paulo, é uma realidade espiritual que expressa nosso vínculo com Jesus e nossa posição espiritual. Trata-se de uma união mística. Estamos ligados a ele como os membros se ligam ao corpo e este à cabeça ou como os ramos se ligam à videira. Judas diz que estamos guardados em Cristo. Ele é o nosso refúgio, nossa fortaleza.

Lendo apenas o versículo 1 e o 24, poderíamos pensar que a nossa situação e futuro dependem unicamente de Deus. Se assim fosse, não precisaríamos de tantas palavras de advertência como temos na bíblia. Contudo, o verso 20 muda a conjugação verbal e nos exorta dizendo: "Guardai-vos no amor de Deus" (ou conservai-vos). O autor nos repassa uma grande responsabilidade no sentido de nos mantermos na posição que obtivemos em Cristo mediante a salvação. Nosso estar em Cristo pode ser comparado à condição da família de Noé dentro da arca, a qual representou a salvação daquelas pessoas.

O problema central apresentado pela epístola de Judas é o caso daqueles que não guardaram suas posições e se perderam, tornando-se exemplos do juízo divino (v.6). O autor cita como exemplos: o povo de Israel no deserto, os anjos, Sodoma, Gomorra, Caim, Balaão e Coré. Ele fala de experiências coletivas e individuais. Menciona desde pessoas que conheciam bem pouco sobre Deus, passando por aquelas que conheciam muito e chegando a mencionar os anjos, que viam a Deus face a face. O que todos tiveram em comum foi a corrupção e a conseqüente destruição. É impressionante observarmos que o povo de Israel, por sua rebelião e incredulidade, entra para uma lista de exemplos ao lado de Sodoma e Gomorra. Da mesma forma, um profeta ganancioso, Balaão, é listado juntamente com Caim, o irmão homicida. Isso mostra que, seja qual for a nossa posição, devemos ser cuidadosos para não entrarmos nas listas daqueles que não guardaram sua condição original e se corromperam. "Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa" (Apc.3.11).

HERESIA - CAMINHO DA PERDIÇÃO


Por quê alguém deixaria sua posição de obediência a Deus para se tornar um infiel? Tal pergunta fica muito difícil de ser respondida se indagarmos a respeito da queda de Satanás. Daí em diante, um dos meios mais utilizados foi a persuasão. Assim, os anjos foram levados, e também Adão e Eva. O infiel vai propagando a infidelidade. Judas estava preocupado com essa prática, pois os hereges se manifestavam dentro da igreja e ameaçavam a firmeza dos irmãos através de doutrinas erradas.

A epístola diz que eles "convertem em dissolução a graça de Deus" (v.4). Aqueles falsos mestres transformavam a graça de Deus em libertinagem, como se a misericórdia de Deus representasse conivência em relação ao pecado. O fato de Deus não punir imediatamente o pecador significa que este tem oportunidade para se arrepender. Contudo, isso não significa que o juízo foi esquecido. Caso não haja arrependimento, haverá o castigo.



OS MENSAGEIROS DO MAL


Tais elementos são muito perigosos porque entram nas igrejas (v.12) e conseguem posições de liderança e ensino (v.8,12). A sua aparência não é ameaçadora. Pode até ser agradável. Contudo, seu procedimento denuncia seu caráter. O autor utiliza muitas figuras de linguagem para mostrar tal realidade.


APARÊNCIA
CARÁTER

Nuvens
sem água

Árvores
sem fruto, sem vida, sem raiz firme

Ondas
bravias

Estrelas
errantes

Rochas
submersas

Pastores
que apascentam a si mesmos
A aparência pode ser muito boa, mas o conteúdo deixa a desejar. Apresentam um potencial muito grande, mas não utilizado como deveria. Por exemplo, a rocha, que poderia servir como base em uma construção, encontra-se submersa, representando um perigo oculto e fatal.

As figuras de linguagem utilizadas nos falam de elementos que não se encontram fixos, não têm firmeza, encontram-se em movimento constante: nuvens levadas pelo vento, árvores que não estão presas por suas raízes, ondas do mar, estrelas cadentes. Os falsos mestres não conseguem se firmar dentro da verdadeira igreja do Senhor. Por isso é que acontecem os escândalos e eles se vão. Vemos no texto também a questão da inutilidade de tais pessoas. Uma estrela cadente não serve como ponto de referência. Ondas bravias só causam destruição. Nuvem sem água não produz chuva. Além disso, é levada pelo vento e nem sombra produz. O mesmo acontece com a árvore que, além de não ter frutos, foi arrancada. Nesse caso, o que não é útil pode se tornar uma ameaça. Então, nada lhe resta senão o fogo, que representa o juízo divino.

Assim, Judas apresenta o caráter dos falsos mestres, o perigo de sua mensagem e o destino que lhes cabe, a exemplo do que aconteceu com os rebeldes israelitas do deserto, e Sodoma, Gomorra, etc.

Não devemos olhar para os fracos na fé e vê-los como falsos na fé. Por isso, Judas adverte que devemos ter compaixão daqueles que estão em dúvida (v.22). Devemos salvá-los (v.23), tomando cuidado para não sermos contaminados com seus erros práticos ou doutrinários.

Judas adverte a respeito dos falsos, mas tem uma expetativa positiva em relação aos verdadeiros irmãos. "Mas vós, amados, lembrai-vos das palavras que foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo; " (v.17). "Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, conservai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna". (v.20-21). A conjunção "mas" introduz um texto com teor contrário ao anterior. Depois de falar sobre a mensagem, a vida e o destino dos falsos mestres, o autor exorta que os destinatários se firmassem na palavra ensinada pelos apóstolos de Cristo. Desse modo, teriam uma vida livre da corrupção e, consequentemente, seriam apresentados imaculados diante de Deus para a vida eterna. Por essa razão, Judas encerra sua epístola de modo tão exultante, com uma expressão de louvor a Deus.


PARALELO ENTRE JUDAS E II PEDRO


II PEDRO
ASSUNTO
JUDAS

2:1
Falsos mestres
1:4

2:4
Anjos que pecaram
1:6

2:6
Sodoma e Gomorra
1:7

2:10
Contaminados e atrevidos
1:8

2:11
Contenda de anjos
1:9

2:15
Animais irracionais
1:10

2:17
Caminho de Balaão
1:11

2:18
Nuvens levadas pelo vento
1:12,13

3:2-5
Falando coisas arrogantes
1:16

3:2
Lembrai-vos das palavras
1:17

3:3
Escarnecedores dos últimos tempos
1:18
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Em caso de utilização impressa do presente material, favor mencionar o nome do autor:
Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.

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BIBLIOGRAFIA
SÁNCHEZ, Tomás Parra, Os Tempos de Jesus - Ed. Paulinas.
GONZÁLEZ, Justo L., Uma História Ilustrada do Cristianismo - Volume 1 - Ed. Vida Nova.
PACKER, J.I., TENNEY, Merril C., WHITE JR., William, O Mundo do Novo Testamento - Ed. Vida.
TURNER, Donald D., Introdução do Novo Testamento - Imprensa Batista Regular.
CULLMANN, Oscar, A Formação do Novo Testamento - Ed. Sinodal.
GIBERT, Pierre, Como a Bíblia Foi Escrita - Ed. Paulinas.
ELWELL, Walter A. , Manual Bíblico do Estudante - CPAD.
HOUSE, H. Wayne, O Novo Testamento em Quadros - Ed. Vida
JOSEFO, Flávio, A História dos Judeus - CPAD
DOUGLAS, J.D., O Novo Dicionário da Bíblia – Ed. Vida Nova
Apostila do SEBEMGE – Pastor Delmo Gonçalves
Bíblia de Referência Thompson - Tradução de João Ferreira de Almeida - Versão Contemporânea - Ed. Vida
Estudo do Novo Testamento - Neusa Rocha de Souza
Bíblia Sagrada – Tradução de João Ferreira de Almeida – Versão Revista e Atualizada - Sociedade Bíblica do Brasil.

Internet

http://www.livingwordpub.com/khway/khwaybr/emag/monsum.htm

http://www.stories.org.br/2jo_p.html

http://www.biblia.page.com.br

TEMA: SETE PASSOS PARA VENCER A CRISE FINANCEITA

TEMA: SETE PASSOS PARA VENCER A CRISE FINANCEITA
TEXTO 2 Reis 4:1-7
INTRODUÇÃO
MEUS, QUERIDOS, TODOS NOS PASSAMOS POR MOMENTOS DIVICIOS MAIS TEMOS SEMPRE DE ESTÁ CONFIANDO EM DEUS.
I) Não aceite a crise como “um beco sem saída”. (2 Reis 4:1)
1. Não existe beco sem saída para os filhos de Deus.
2. O otimista nunca diz: “Não tem jeito!”
3. O otimista consegue enxergar aquilo que os outros não percebem.
“Sempre haverá uma saída em Deus”.
II) Não aceite um acordo para perder aquilo que você tem de mais precioso. Ela tinha “os filhos” que serviria como pagamento das dividas. Eles seriam levados como escravos.
Dependendo dos acordos que fazemos, vencemos as dividas, ou por elas somos vencidos.
1. Há pessoas que fazem acordo, mas sacrificam aquilo que é inegociável.
a. Sacrificam os Filhos, esposa, o casamento, a família.
b. Sacrificam a saúde.
c. Sacrificam sua Honestidade, sua integridade.
d. Sacrificam sua comunhão com Deus.
III) Busque orientação, conselho, direção financeira.
“...clamou a Eliseu, dizendo:...” (2 Reis 4:1)
1. As grandes empresas pagam muito dinheiro por uma orientação sábia de um consultor financeiro.
“Não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselhos há segurança” (Pv 11:14).
“O caminho do insensato é reto aos seus próprios olhos, mas o que dá ouvidos ao conselho é sábio”. (Pv 12:15)
“ Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas havendo muitos conselheiros eles se firmam”. (Pv 15:22)
“Com conselhos prudentes tu farás a guerra; e há vitória na multidão dos conselheiros”. (Pv 24:6)
IV) Siga a instrução recebida. (2 Reis 4:5,6)
Muitas pessoas morrem porque não seguem a instrução recebida do médico.
1. Ela acreditou na idoneidade do conselheiro.
2. Ela colocou em prática aquilo que ouviu.
3. Ela seguiu a instrução completa, não mudou nada.



V) Não a milagre financeiro sem trabalho. (2 Reis 4:3,4)
Acredite em milagre não em mágica.
Pedir vasilhas.
Carregar vasilhas.
Encher as vasilhas.
Sem trabalho não há vitória sobre a crise financeira.
Um problema chamado preguiça.
“A preguiça faz cair em profundo sono, e a alma indolente padecerá fome”. (Pv 19:15)
“Está atenta ao andamento da casa, e não come o pão da preguiça”. (PV 31:27)
“...se alguém não quiser trabalhar, não coma também”. (2 Ts 3:10)
“O preguiçoso inventa as desculpas mais esfarrapadas para não trabalhar”. (Pv 22:13)
VI) Não use desculpas ilógicas para não pagar a divida.
1. Quem deve não foge das dividas.
2. Quem deve respeita o credor. A viúva não tirou razão do credor desrespeitando-o.
3. Quem deve busca uma forma de resolver seu problema.
VII) O tripé do sucesso financeiro.
Comprar. (O que tens em casa? Algo que ela tinha comprado.) Primeiro, você precisa saber comprar. No mundo inteiro as pessoas sabem o que é desconto. Quem sabe comprar, é um bom administrador.
Vender. (O pouco foi multiplicado, agora ela precisava negociar bem!) Tudo na vida depende da nossa capacidade de negociação. Ex., recebeu um oferta de 100 reais e com ela fez chocolate e vendeu durante 6 meses, o tempo que demorou para Deus abrir uma porta de trabalho para ele e sua esposa.) Um dos principais segredos do sucesso financeiro está no saber negociar.
Pagar. (Leve a sério os compromissos assumidos.) Deus não pode abençoar:
a. Pessoas desonestas, (Ef 4:28).
b. Pessoas descontroladas, (Gl 5:23)
c. Pessoas irresponsáveis, (Mt 25:18, 26-29).
Conclusão:
A sua vida amanhã, depende de como você administra suas finanças hoje.
“Vivei do resto...” (1 Reis 4:7)

CULTO NA IGREJA O BRASIL PARA CRISTO

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AGENDAS 027 33238709 OU 92750931

CONFERENCISTA ROBERTO GADRÉT PREGANDO NA IGREJA QUE ELE REUNE

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CONTATOS PARA AGENDAS 027 33238709 OU 92750931

CONFERENCISTA ROBERTO GADRÉT

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EU E MEU AMIGO ROBERTO SANTOS

CONTATOS PARA AGENDAS 027 33238709 OU 92750931

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O CONFERENCISTA ROBERTO PREGANDO NO CONGRESSO NA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS PASTOR DIONISIO

A FILHA DO ROBERTO COM SUAS AMIGUINHAS

A FILHA DO ROBERTO COM SUAS AMIGUINHAS
CRIANÇAS FELIZ

CONTATOS PARA AGENDAS 027 33238709 OU 92750931

CONTATOS PARA AGENDAS 027 33238709 OU 92750931
O CONFERENCISTA ROBERTO PREGANDO EM UMA FESTA DE JOVENS